Neste episódio
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- Segmentação no e-commerce: De demografia básica a comportamento detalhado do usuário.
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- O papel evolutivo do CRM: De ferramenta de ofertas para construtor de relacionamento e nutrição.
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- Investimento vs. Custo: A necessidade de clareza nas métricas e objetivos para não desperdiçar recursos.
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- O uso da Inteligência Artificial como copiloto na análise de dados e segmentação, com ressalvas sobre o senso crítico humano.
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- Dicas de ouro para quem está começando: Comece pequeno, pense grande, aja rápido e conheça o seu cliente.
Assista ao sexto episódio do edroneCast no YouTube!
Ed Firme
Olá, pessoal, sejam todos muito bem-vindos a mais um episódio do edroneCast. Eu sou Ed Firme, especialista em comunicação digital aqui na edrone e hoje eu tenho o prazer de ter ao meu lado a Thaly e o Alexandre. Então, eu já vou passar o microfone para eles, para todo mundo se apresentar.
Thaly, por favor, se apresente.
Talitha Santos
Oi, gente, eu sou a Thaly, sou especialista de sucesso do cliente aqui na edrone. Prazer em falar com vocês hoje.
Alexandre Dini
Olá, pessoal, prazer, Alexandre. Hoje eu estou na posição de coordenador de e-commerce na Lenvie Parfumes. E a gente vai ter um papo bem bacana aí.
Ed Firme
Maravilha.
E hoje eu estou com essa mesa super cheia de pessoas e papos para trocar uma ideia que, particularmente, eu acho que tem muita coisa para agregar. Então, eu já vou dar o kick-off e começar com a pergunta para você, Alexandre. Dentro da área da perfumaria, dentro principalmente do e-commerce, quando a gente está trabalhando com o digital, segmentação é luxo ou uma necessidade dentro do mercado?
Alexandre Dini
É, hoje segmentação é naturalmente uma necessidade, né? Mas a segmentação evoluiu muito, né? Então, antes era o basicão, demografia, gênero e alguns poucos interesses e etc.
Hoje você já está muito mais voltado para o comportamento geral do usuário, né? E algumas outras nuances. Então, cara, se esse cara costuma comprar só quando tem frete grátis e não.
Se ele compra mais quando tem um cupom de desconto ou não. Qual que é o tipo de abertura que ele faz no e-mail quando tem um determinado assunto. Se a taxa melhora, se piora.
Isso dentro da clusterização, né? Então, já foi faz tempo aí, não vou nem ficar chovendo no molhado. Mas se você hoje ainda segmenta só a homem e mulher de XX anos de tal região, cara, você está muito para trás.
Ed Firme
É, eu acho que quando a gente para para pensar sobre segmentação, e dá para dizer que existem dois ciclos da segmentação, né? Dos primórdios da internet, que é exatamente o Google ali e todas as ferramentas de analítica. Eles eram muito mais amplos, mas a galera, isso para tráfego pago, né?
Costumava usar uma segmentação simples, porque a segmentação simples funcionava. Então, pô, por que eu vou hiper segmentar, vou colocar um perfil super traqueável aqui, sendo que quanto mais gente eu impactar, e numa época onde era muito barato impactar esse público, eu vou converter mais. E hoje, a gente tem não só a estrutura do e-commerce muito mais avançada, mas toda a estrutura do marketing digital muito mais estruturada.
Então, as próprias ferramentas, e aí eu acho que isso é uma dor muito grande para quem trabalha com essa área de segmentação, de estudo, de perfil, de persona. As ferramentas, como o próprio Google no GA4, ele te dá uma personalização de segmentação muito curta. É o famoso demográfico, sexo e idade.
Mas, e aí, querendo ou não, a gente acaba puxando um pouco a sardinha quando a gente vai falar de edrone e de segmentação. Existe a possibilidade muito maior, e uma possibilidade inteligente, de que, a partir do momento que você faz essa pré-segmentação no tráfego, você precisa, posterior disso, colocar uma segmentação avançada na sua comunicação, que você consegue fazer única, exclusivamente. E aí, quem quiser me corrigir, no que está no online, só dá para fazer com CRM.
E aí, eu pergunto para você, que eu acho que é um outro ponto muito importante. Qual é o papel do CRM dentro de uma operação de e-commerce hoje, na sua visão?
Alexandre Dini
Na minha visão, hoje, ele deixa de ter o papel que, antigamente, ele basicamente servia para a comunicação de ofertas, e hoje ele tem muito mais um papel relacional com a marca de nutrição, de conteúdo, de branding, etc., do que da própria oferta. Naturalmente, você trabalha as ofertas por meio do CRM, mas, hoje, acaba sendo uma parte até secundária, dependendo do nicho, etc., porque, se você tem um produto, por exemplo, extremamente complexo, você vai ter que falar muito com esse cliente e explicar. Ou um produto que a decisão de compra demora mais, por exemplo, linha branca, de eletrônicos, móveis, etc., que tem um ticket mais alto. Então, o cara não vai, simplesmente, no primeiro e-mail, nossa, que legal, uma geladeira de R$ 20 mil, eu vou comprar, só porque ela tem Alexa. Não, não é assim.
Ed Firme
Porque ela tem câmera, eu posso ver o que tem dentro da geladeira sem abrir.
Alexandre Dini
Então, você tem que explicar, nutrir, mostrar os diferenciais, até você fazer ele sair da parte de consideração e ir para o e-commerce e fazer a conversão. Então, hoje, a infinidade de réguas que você consegue montar dentro de uma operação é muito grande, tudo com base em comportamento do usuário. Então, por exemplo, lá no nosso segmento de fragrâncias, etc., o nosso foco é muito mais na parte de home, então, difusora, água perfumada, home spray, mas a gente também tem a parte de perfumaria corporal, tudo autoral e etc. E hoje, como que a gente faz lá, né? Inclusive, a gente usa o edrone, somos parceiros nisso, né? Eu mesmo já fui parceiro do edrone antes daqui, lá atrás, então, na época de caveira e etc.
Ed Firme
Conhece a fundo a operação.
Alexandre Dini
Já, um tempo já, mas independentemente da ferramenta, eu acho que o ponto é a ferramenta, porque não adianta você ter uma baita ferramenta, você pode contratar um Salesforce, qualquer coisa da vida. Se você não souber como segmentar, como usar aquilo da forma correta, no fim do dia, você vai estar só com um boleto gigantesco e fazendo uma açãozinha de parabéns, você ganhou frete grátis ou um cupom de X%. Como que você explora isso?
Então, alguns exemplos que a gente faz lá, que eu costumo trabalhar com o pessoal, a gente faz segmentação, tanto a famosa RFM, que, cara, acho que é obrigatória hoje em dia para você fazer.
Ed Firme
E é engraçado você falar que é obrigatório, porque, pô, aí fica difícil, não vou nem eu puxar a sardinha, a Thaly pode falar mais, mas, pô, é o famoso arroz com feijão, é o básico bem feito, é um número que todo mundo que trabalha dentro do e-commerce devia dominar, e, cara, Thaly, da sua visão, que atende ali, cara, o Rafa, que é o nosso gestor comercial, ele fala sempre que a nossa média de reuniões de negócio todo mês é em torno de 500 a 600 reuniões de negócio todo mês, para novos e-commerce, e a Thaly trabalha ali no suporte, faz o approach com o cliente e transforma a loja dele num sucesso.
Quantos dos clientes chegam na edrone sabendo o que é o RFM? Porque é isso, usar é uma coisa, saber o que é é outra, e puxa, fazer esses dois se conectarem.
Talitha Santos
Ter esse conhecimento, eu diria que por volta de uns 5% a 10%, no máximo, assim, e quando ele chega, a gente tenta trazer esse conhecimento, tenta mostrar para eles o que é ali o RFM, onde dorme, onde mora, enfim, trazer pelo menos o do básico, e ainda assim eles ficam um tanto quanto relutantes para utilizar, então, nesse primeiro momento a gente sofre um pouco, assim, depois que eles começam a entender e começam a entender que isso gera valor, aí fica legal, aí a gente começa a ter um trabalho muito mais legal com o cliente, aí a gente começa a explorar também, não só essa segmentação, o RFM, mas outras segmentações, acho que até puxando um gancho aqui para te fazer uma pergunta, eu estava vendo muito sobre o quanto vocês se importam com essa questão do autoral, da exclusividade, digamos assim, como que hoje vocês exploram essa segmentação, muito do comportamental, mas aí não tanto com relação a coisas mais óbvias, mas, por exemplo, como que a gente consegue pegar um comportamento do cliente da geração Z, por exemplo, porque hoje tem uma visão um pouco diferente.
Ed Firme
Embora a gente tenha réguas que podem ser criadas, é preciso uma visão estratégica para cada uma delas. Como que hoje você, dentro da tua operação, e até uma dica para quem está assistindo o nosso episódio, como que diferencia? Porque hoje a gente tem um momento na internet que, devido à expansão do mercado digital, está todo mundo lá, é gen Alpha, gen Z, gen X, os millennials, os old boomers, os baby boomers, está todo mundo no digital, e não dá para falar com todo mundo igual.
Como que vocês pensam essa estratégia para comunicar com o pessoal?
Alexandre Dini
Cara, falando particularmente de parte de fragrâncias lá que a gente trabalha, é um negócio extremamente complexo, porque é totalmente subjetivo. Você pode gostar e ela pode não gostar, sendo que a fragrância é a mesma. Então, é muito complexo de você clusterizar e fazer sugestões, então, ah, porque desse você vai gostar desse, então, a gente naturalmente, o que a gente faz?
A gente tem outras ferramentas que auxiliam a gente a criar as bases. Então, ferramentas que me trazem, por exemplo, quem comprou o X produto também levou o Y em um percentual. Então, geralmente, de 100% das pessoas que levam o produto A, 50% levam o produto B dentro de uma janela de tempo que eu estipulo.
Então, com isso fica mais fácil de eu testar clusters e entender se aquilo responde ou não para o cara. Então, eu vou lá e faço uma comunicação, faço uma oferta e etc. A depender da régua, eu, particularmente, como essa régua, geralmente serve muito, e a galera já sabe disso, o consumidor, nós, como os consumidores, já sabemos, se você deixar um carrinho abandonado, alguma coisa assim, a régua vai vir um cupom.
É natural, mas, por exemplo, o meu carrinho abandonado, a primeira comunicação não tem cupom. É simplesmente só com quebra de objeção, como, por exemplo, depoimento de clientes e etc., lembrete e algumas objeções já pré-mapeadas. Aí, a partir do segundo disparo, aí, sim, entra um primeiro desconto, que ele é menor, no terceiro entra um que é um pouco maior e o quarto é só um reforço falando, cara, ou você usa agora ou acabou.
E aí, você reduz, então, por exemplo, dessa régua, os e-mails que dão mais retorno é o primeiro e o quarto. Então, é o primeiro, que é só um lembrete, então o cara vai lá e transaciona sem necessariamente aplicar um cupom e o último porque, de fato, é escassez e aí o cara fala, ou é agora ou nunca. Então, a gente acaba trabalhando dessa forma lá.
Essa parte geracional é bem complexa de você trabalhar, acho que em qualquer segmento. Então, você vai ter que analisar a cesta por clusters de idade e etc., para saber, putz, para as pessoas mais velhas, por exemplo, preferem mais difusores, os mais novos gostam mais de vela, só que aí você já entra numa Ceará, tudo vai depender do objetivo, a métrica que você está falando, ah, eu preciso aumentar a tiquete média, eu preciso aumentar a receita, a região é nessa cidade, e aí você vai filtrando a base para até chegar e você entender o comportamento e fazer os testes. Então, putz, os homens e mulheres de 45 a 55 anos na cidade de São Paulo, em média, compram mais tal fragrância e tal produto.
Então, beleza, vamos segmentar esses caras, vamos fazer um teste, vamos ver se eles respondem. E assim sucessivamente.
Ed Firme
E aí, cara, entra uma pergunta que, desde o momento que a gente marcou esse papo, eu estou ansioso para fazer, que é, como que vende um produto sensorial digital? Nossa, sim, curiosíssimo também. Isso é uma curiosidade, porque eu consigo pensar, e aí eu vou trazer aqui o achismo de um usuário de internet.
Cara, eu evito, é uma parada muito minha, eu evito comprar comida, fragrâncias e qualquer tipo de bem de consumo que eu não consigo atestar que eu gostei. Embora hoje o mercado esteja repleto de evoluções, frete reverso e tudo mais, mas qual é a estratégia que vocês aplicam na Lenvy para quebrar essas objeções, para quebrar esse medo? Porque a gente está vindo de um momento onde, cara, dá para dizer que nos últimos três anos, ali no pós-pandemia, o consumo digital se estabeleceu como algo rotineiro.
Todo mundo, cara, de 10, sete pessoas tem uma chain, uma Temu, uma Shopee instalada no celular, então a pessoa sabe comprar digital. Mas o produto que vocês hoje aplicam, principalmente por ser um produto autoral, qual é a base que o cara compara? Como ele se põe em dúvida?
Como vocês quebram essa dúvida? Tudo isso no digital. Como que vocês pensam nesse processo diariamente?
Alexandre Dini
Cara, aí já é mais de jornada completa, vamos colocar assim, porque vai desde lá do topo que a gente faz um trabalho muito grande lá, com as meninas do marketing, fazem um ótimo trabalho de branding e etc. Então, a gente tem muito conteúdo de UGC, de User Generated Content, tem muito influenciador também, desde micro até maiores influenciadores. Então, no começo ali da jornada, a gente usa muito disso para quebrar a objeção, para a pessoa conhecer o produto.
Aí quando ela vai avançando no funil, entra no nosso site, página de produto é muito bem construída, vocês podem atestar, entrar lá, vocês vão ver que, cara, tudo lá muito bem construído, desde formulação até a descrição do produto e etc. Porque é justamente isso, é um produto sensorial. Então, é complexo de você transacionar ele para alguém que não conhece simplesmente, ah, vou testar.
Logicamente, a gente tem o advento de estar na internet, o CDC cobrir todo mundo, que sete dias se você não gostar, você devolve, enfim. Mas ainda assim, mesmo tendo isso, você tem que convencer a pessoa, tem outras coisas que são muito bacanas, e eu, particularmente, não sabia que existia isso, por exemplo, que tem lá, que são produtos que são chamados de Discovery Sets. Então, basicamente, é uma caixinha com várias fragrâncias.
Ed Firme
Isso, eu ia falar sobre isso.
Alexandre Dini
E você fala assim, ah, beleza, eu estou em dúvida, vi aqui essa fragrância, essa e essa, e aí, o que eu compro? Cara, você compra o Discovery Set com um desembolso menor, para você fazer a decisão, você experimenta todas as fragrâncias nossas.
Ed Firme
Querendo ou não, tem um esmalte ali para você estar usando.
Alexandre Dini
E aí, a partir disso, você toma a decisão de compra, e o melhor disso, na verdade, já vira uma recompra.
Ed Firme
Exato, porque você fidelizou o cara ali.
Alexandre Dini
O cara já tinha feito a primeira compra, que foi o Discovery Set. E com isso, ele já conheceu todo o meu portfólio. Então, ele sabe que, pô, eu gostei dessa, são essas que eu vou comprar.
Então, essas são as formas que a gente faz.
Ed Firme
Aí, uma pergunta de coração aberto, de curiosidade, porque houve um momento da internet, do Mystery Box, que era o conteúdo que você comprava uma caixa, por um preço muito mais acessível. Seria esse Discovery Set algo próximo, viés estratégico, ou é algo muito mais voltado para branding? Eu quero que o cliente tenha a experiência do que eu posso propor a ele, e a partir dessa experiência, eu faço com que ele se torne um cliente fiel.
Alexandre Dini
Cara, na minha visão, é muito mais voltado para branding, porque quando eu trabalhei na operação, que inclusive foi a que eu usei a edrone pela primeira vez, a gente criou o Mystery Box, porque era uma operação de vestuário. E lá, a gente pegava e fazia Mystery Box, pô, as camisetas que já estavam lá encalhadas e tal, uma Mystery Box tamanho M, vão vir três camisetas tamanho M por determinado desembolso. Então, a grande diferença é, o Mystery Box, você não tem opção de escolha, né?
Apesar de que, de novo, se chegar lá e você não gostar, você está respaldado de poder devolver. Mas, você está no risco. E queira ou não, todo mundo sabe que é um pé no saco você ter que devolver, ter que ir nos correios ou qualquer coisa do tipo.
Então, a gente evita. A gente prefere comprar com certeza. Até pegando isso, eu pegando de gancho o que você falou, eu não compro roupa online.
Eu não compro de jeito nenhum, porque eu sou extremamente chato com modelagem. Você não caiu bem no corpo. Se não cair bem, eu não compro.
E eu não tenho paciência de ficar fazendo troca. Então, eu prefiro comprar no físico. Roupa, eu só compro no físico.
Tênis, eu só compro no físico. Porque em um eu sou 40, no outro 41, no outro 39, no outro 42.
Ed Firme
Eu sou o meio de curva. Eu sou o cara que, eu vou na loja física, eu experimento. Ah, legal, gostei desse tênis, super bacana.
Aí eu saio da loja. A não ser que em casos extraordinários, o vendedor, putz, o cara me pegou de laço e o preço estava super acessível e não tem tanta diferença no e-commerce. Ixi, eu sou o cara que prova na loja e pede no online.
Talitha Santos
Eu faço a mesma coisa.
Ed Firme
Eu provo na loja e peço no online.
Talitha Santos
Mas eu preciso provar também. Mas isso é uma…
Ed Firme
Aí agora falando mais sobre o meu viés de consumo, é algo que eu tenho desmistificado. Eu até estava falando num episódio anterior que eu fui picado pelo bichinho da Temu. Demorou, demorou, demorou…
Ah, eles estão brigando, cara.
Alexandre Dini
O bichinho da Aliexpress.
Ed Firme
Eu fui picado… Ah, o bichinho da Aliexpress já me picou e já foi embora, graças a Deus, há muito tempo. Mas o bichinho da Temu…
E eu estou sendo impactado pela Temu, cara, desde quando ela nem estava em operação oficial no Brasil. Porque como a gente trabalha com e-commerce e fica antenado nas paradas, eu já estou ouvindo falar de Temu. E eu tinha exatamente o mesmo viés de…
Cara, como é que eu vou comprar na Temu? Porque uma coisa, eu vou dar um exemplo aqui de uma loja super consagrada. Vou comprar na Renner, por exemplo.
Pô, eu sei que a mesma peça que eu for lá na Renner e vestir, a hora que eu pedir no online, é ela que vai chegar. Com a vantagem de que no online eu encontro modelagem maior, modelagem menor, escolho a cor. E às vezes na loja você só vai levar o que tem.
Na Temu, o meu maior medo era como é que eu vou comprar um negócio que eu não sei a modelagem, eu não sei como que funciona. E pô, querendo ou não, importado. Então, olha o trabalho que eu vou ter se der errado.
Caí na Beit, fui lá e comprei. Adorei. Adorei e virei promotor do negócio.
Minha família inteira comprou Temu agora. Mas eu trouxe esse ponto até para alincar com a estratégia que vocês usam, que não sei se é parte do viés estratégico, mas de primeira hora que eu pensei sobre esse Discovery Box, é o tipo de produto que atende a família, cara. E isso é uma parada muito legal, porque…
E aí me confirma se vocês têm esses dados e se esses dados fecham. Mas tanto na área de vestuário ou na área de fragrância, perfumaria, home garden, o cliente principal é a mulher. Porque, querendo ou não, é a mulher quem decide como o homem dela vai cheirar.
Ela tem uma opção de comprar, sei lá, sete fragrâncias que vem diferente. Ela já vai escolher o dela, o que ela vai dar para a mãe no próximo dia das mães, o que ela vai dar para o marido no dia dos namorados. Pô, com uma cesta maior de opções, ela já descobre o que ela gosta.
E ela também se torna uma promotora da marca. Isso faz parte da estratégia de vocês hoje?
Alexandre Dini
Cara, também. E você está correto, o público majoritariamente de compradores é feminino. Uma parte que a gente explora muito também é a comunicação de presenteável.
Porque o nosso produto é altamente presenteável e ele é coringa, porque ele serve para qualquer ocasião, em qualquer data. Então, diferentemente de algum outro produto, nem consigo pensar agora, mas que é só para aniversários, só para dia das mães, só para dia dos pais ou qualquer coisa. Para qualquer ocasião, putz, você foi receber uma promoção, quero te presentear, posso te dar um presente da Lenvie.
Dia das mães, mesma coisa. E assim você se vai. Até dia dos professores é uma data que a gente trabalha para que as mães comprem, para que os filhos levem o presente para o professor.
Então, tem muitas nuances que dá para fazer ali estrategicamente com isso. E acho que funciona super bem, nem acho, na verdade, super bem. Então, a gente tem os kits presenteáveis justamente para isso.
E, cara, olhando para esse universo de Temul e Shopping, qualquer coisa do tipo, a própria AliExpress e etc, eu concordo contigo. É um negócio que quando você cai, porque você tem muito esse estigma de vende fora, importado, se vai ser bom, se não vai e etc. Vai muito do anúncio que você compra.
Tem anúncio que é muito bem feito, que você olha e fala, cara, é isso aqui. E tem anúncio que é muito mal feito, que você fala, cara, não é possível que eu vou comprar isso aqui.
Então, vai muito da qualidade do anúncio. E aí, falando de Temu, particularmente, eu acho que eles acertaram muito na parte de gamificação. Então, você entra lá, você tem um monte de joguinho, você tem um monte de coisa para fazer, você ganha cupom, você ganha desconto, você ganha não sei o quê.
Então, eles te prendem ali dentro. E aí, você acaba comprando. E aí, quando você compra, você vê que o produto é bom, você fala, cara, vou comprar de novo.
E aí, você vira um promotor da marca. Então, eu acho que eles acertaram muito nisso.
Ed Firme
E aí, pegando esse gancho, e aí eu vou até fazer uma pergunta que eu acho que é super importante, porque a gente está falando de um mercado que está em expansão, que está crescendo, que tem muita gente entrando, mas que também tem muita gente saindo. E aí, eu queria saber de você, Alexandre, qual que é a sua visão sobre o futuro do e-commerce no Brasil? Porque a gente está vendo um movimento muito grande de consolidação de mercado, a gente está vendo um movimento muito grande de marketplace, a gente está vendo um movimento muito grande de social commerce. Qual que é a sua visão sobre o futuro do e-commerce no Brasil?
Alexandre Dini
Cara, eu acho que o futuro do e-commerce no Brasil é muito promissor. A gente tem um mercado muito grande para explorar ainda. A gente tem muita gente que ainda não compra online, a gente tem muita gente que ainda não tem acesso à internet. Então, a gente tem um mercado muito grande para explorar.
E eu acho que o futuro do e-commerce no Brasil é muito de personalização, é muito de experiência, é muito de relacionamento. Eu acho que as marcas que conseguirem entregar isso para o cliente, elas vão se destacar.
E eu acho que o futuro do e-commerce no Brasil também é muito de omnicanalidade. Eu acho que as marcas que conseguirem integrar o online com o offline, elas vão se destacar. Porque o cliente, ele não quer mais ser atendido só no online ou só no offline. Ele quer ser atendido onde ele quiser, da forma que ele quiser.
Então, eu acho que o futuro do e-commerce no Brasil é muito de personalização, experiência, relacionamento e omnicanalidade.
Ed Firme
E aí, Thaly, pegando esse gancho do Alexandre, qual que é a sua visão sobre o futuro do e-commerce no Brasil? E aí, eu queria que você trouxesse um pouco da sua experiência de CS, de sucesso do cliente. Como que você acha que as marcas podem se preparar para esse futuro?
Talitha Santos
Eu concordo muito com o Alexandre. Eu acho que o futuro do e-commerce no Brasil é muito promissor. A gente tem um mercado muito grande para explorar ainda. E eu acho que as marcas que conseguirem entregar personalização, experiência e relacionamento para o cliente, elas vão se destacar.
E eu acho que as marcas podem se preparar para esse futuro investindo em tecnologia, investindo em CRM, investindo em automação de marketing, investindo em ferramentas que ajudem a entender o cliente, que ajudem a personalizar a comunicação, que ajudem a entregar uma experiência única para o cliente.
E eu acho que as marcas também podem se preparar para esse futuro investindo em pessoas. Eu acho que as marcas precisam ter pessoas capacitadas para usar essas ferramentas, para analisar os dados, para criar estratégias, para se relacionar com o cliente. Porque, no fim do dia, quem faz a diferença são as pessoas.
Ed Firme
Perfeito. E aí, Alexandre, pra gente fechar, qual que é a sua dica de ouro para quem está começando no e-commerce, para quem está querendo entrar nesse mercado, para quem está querendo se destacar nesse mercado?
Alexandre Dini
Cara, a minha dica de ouro é: comece pequeno, pense grande e aja rápido. Comece pequeno, porque você não precisa ter uma estrutura gigantesca para começar. Você pode começar com pouco, com o que você tem. Pense grande, porque você precisa ter uma visão de onde você quer chegar. E aja rápido, porque o mercado está mudando muito rápido. Então, você precisa testar, você precisa errar, você precisa aprender, você precisa se adaptar. Então, comece pequeno, pense grande e aja rápido.
Ed Firme
Maravilha. E aí, Thaly, pra gente fechar, qual que é a sua dica de ouro para quem está começando no e-commerce, para quem está querendo entrar nesse mercado, para quem está querendo se destacar nesse mercado?
Talitha Santos
A minha dica de ouro é: conheça o seu cliente. Invista tempo para entender quem é o seu cliente, o que ele quer, o que ele precisa, o que ele gosta. Porque, a partir do momento que você conhece o seu cliente, você consegue entregar personalização, você consegue entregar experiência, você consegue entregar relacionamento. E aí, você consegue se destacar nesse mercado.
Ed Firme
Perfeito. Bom, pessoal, chegamos ao fim de mais um episódio do edroneCast. Queria agradecer demais a presença da Thaly e do Alexandre. Foi um papo muito rico, cheio de insights. Thaly, muito obrigado pela sua participação.
Talitha Santos
Eu que agradeço o convite. Foi um prazer estar aqui com vocês.
Ed Firme
Alexandre, muito obrigado pela sua participação.
Alexandre Dini
Eu que agradeço o convite. Foi um prazer estar aqui com vocês.
Ed Firme
E para você que nos acompanhou até aqui, muito obrigado pela audiência. Não se esqueça de se inscrever no canal, deixar o seu like, seu comentário e compartilhar esse episódio com quem precisa ouvir essas dicas.
A gente se vê no próximo edroneCast! Até mais!
Sobre o apresentador
Edvaldo Firme
Apaixonado por marketing digital há mais de 12 anos! Especializado em SEO e copywriting, ajudo empresas a melhorar sua visibilidade online e gerar conversões.