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Capa edroneCast 010 - Daniel Imamura e Edvaldo Firme
Podcast

Como a IA ajuda a economizar tempo no e-commerce?

Convidado: Daniel Imamura - Embaixador Niara.IA

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Neste episódio

 

  • A inteligência artificial como ferramenta de produtividade
  • A importância da especificidade nos prompts de IA
  • IA no e-commerce: da análise de dados à criação de conteúdo
  • O fator humano na era da IA
  • Exemplos práticos de uso da IA no dia a dia do e-commerce

Assista ao décimo episódio do edroneCast no YouTube!

Ed Firme: Olá pessoal de casa, sejam todos muito bem-vindos a mais um episódio aqui do edroneCast. Eu sou Ed Firme, especialista em comunicação digital aqui na edrone e hoje eu tenho o imenso prazer de receber Daniel Imamura, Head de SEO da Due&Co. e também embaixador da Niara.IA, pra gente ter um papo super esclarecedor sobre inteligência artificial. Mas antes de qualquer coisa, Daniel, se apresenta para o pessoal de casa, por favor.

Daniel Imamura: Beleza. Então, me apresentando para a galera de casa, trabalho no Marketing Digital já fazem mais de 15 anos, e 15 anos com SEO. Eu entrei no marketing, eu entrei no marketing digital justamente nessa área. Contando um pouquinho do background, eu sou formado em Engenharia da Computação, programei bastante e depois mudei ali no meio do caminho para a parte de SEO. Abri minha agência que anos depois foi adquirida pelo grupo Due. E hoje eu cuido de todos os projetos nessa parte de tráfego orgânico e tem muita inteligência artificial envolvida nos processos do dia a dia, processo da agência e, claro, a criação de conteúdo também.

Daniel Imamura: E acho que o grande ponto que todo mundo se conecta com a massa, cara.

Ed Firme: E aí eu acho que pra gente dar o kickoff, é até para dar nome ao nosso episódio. Eu queria começar fazendo uma pergunta para você que ela é bem abrangente, mas que vai levar a gente para vários papos. Como que você vê hoje a inteligência artificial ajudando a economizar tempo no mercado digital?

Daniel Imamura: Eu acho que esse é o grande ponto que quem ainda não entendeu precisa entender que algumas pessoas vieram. Não que a inteligência artificial vai substituir as pessoas, mas na verdade não é esse o raciocínio certo, vamos dizer assim. O raciocínio certo é que a inteligência artificial veio para que as pessoas possam ser mais produtivas. Elas vão conseguir ganhar mais tempo porque elas não têm que fazer certas atividades que vão colocar, que são braçais, que muitas das vezes a inteligência artificial vai conseguir fazer mais rápido e melhor. Então a gente precisa entender que o novo momento que a gente vive do mercado é entender como que a inteligência artificial, como ferramenta, vai trazer essa produtividade para nós.

Daniel Imamura: E aí nós temos uma infinidade de ferramentas que a gente tem: as de uso específico, que vão trazer alguma coisa, por exemplo, para SEO, que vão trazer alguma coisa direto para mim, como uma lista de palavras-chave, uma análise de concorrência com inteligência artificial, que é bem específica; e a gente tem aquelas mais abrangentes, como um ChatGPT, que você pode conversar com ele, o que for, e ele vai trazer ali a informação da forma que você pediu, que é aquilo: se você dá um input bom, sai um output bom. Agora, se você fizer perguntas genéricas, a resposta vai ser genérica. Então, entendendo esses dois mundos ali, que é uma ferramenta que tem esses dois caminhos, a gente consegue ter bastante produtividade.

Ed Firme: Mas e aí? Até tomando como gancho o que você acabou de dizer, porque eu acho que é mais uma prova de como alguns aspectos que a gente vem vendo no mercado digital têm cada vez mais se aplicado, porque já fazem alguns bons anos que já se diz que acabou a era do genérico, principalmente no digital.

Ed Firme: Você que tem experiência no SEO, eu também vim dessa escola e posso dizer que quando eu comecei SEO era uma prática recomendável. Só que como ninguém sabia exatamente como fazer, era o arroz com feijão: era cadastrar produto, achar três palavras-chave, arrumar um pouco a casa ali e fazer com que a ferramenta de busca encontrasse o seu produto. Poucas vezes era especificamente o cliente, era mais a ferramenta de busca. Com isso, a gente pode ver que a internet foi avançando, avançando, avançando e cada vez mais gente falando que o genérico tinha ficado no passado. Eu acho que eu queria a sua opinião sobre. E quando a gente fala sobre dar um input genérico para a inteligência artificial, isso prova que esse input genérico só vai te gerar mais conteúdo genérico e, consequentemente, conteúdo de baixa relevância total.

Daniel Imamura: Isso que você trouxe essa linha, mesmo que o que a gente tem que entender também é que a inteligência artificial ela não cria nada. Ela pega, vai pegar todas as informações que ela tem à disposição, vai fazer um mix desses dados e te entregar uma nova versão dos conteúdos que ela já tem no seu banco de dados.

Daniel Imamura: Então ela não vai inventar nada que nunca se viu na internet antes e com base no que ela já leu, coletou, ela vai criar essa nova versão desse conteúdo. Só que se a gente, principalmente a galera do Excel, vai me entender bastante aí em casa, que é a questão de a gente trazer a E-A-T (Expertise, Authoritativeness, Trustworthiness), a autoridade, a expertise, ou seja, mostrar suas qualidades dentro daquele conteúdo para que ele não seja mais genérico. Então a gente pode pedir para a inteligência artificial trazer as características de um produto, ideias de como aplicar ele no dia a dia. Legal, isso aí é a parte que ela vai destravar rapidamente. Só que dentro desse conteúdo você tem que trazer como que eu, como o dono da minha loja, vou trazer uma característica de como eu vou recomendar o uso desse produto, como que a gente vai pegar e trazer que comprando com a gente é melhor. Enfim, tem que trazer algum diferencial para que, aos olhos de todos os algoritmos que existem hoje, eles falem:

esse aqui é diferente, esse é que a gente precisa utilizar, porque faz mais sentido com a intenção de busca desse usuário, que é um ponto chave também, que todo mundo sabe que o tal smartphone, a bateria é boa e ruim, que a câmera é melhor, a não ser os nerds que vão querer saber o detalhe do detalhe.

Ed Firme: O pixel do pixel.

Daniel Imamura: Né? Exato. No geral a pessoa já sabe mais ou menos qual que é os modelos que atendem ela. Só que aí vem o ponto de como que eu encanto essa pessoa para ela comprar de mim e não da concorrência. E aí entra toda essa jornada de compra que a gente tem que estar lá, com o conteúdo certo para a intenção de busca certa e conseguir entregar isso para a pessoa da melhor forma possível e usando os exemplos que para ela fazem mais sentido, que é aquele lá. A gente está aqui no estúdio que toda a pegada geek nerd legal para um nerd. O que é legal de ter ali na explicação do conteúdo é que os games vão rodar lisos, vai ter…

Ed Firme: O after lag, o…

Daniel Imamura: Item…

Ed Firme: Que tem RGB.

Daniel Imamura: Isso, que o FPS é maior, etc. Legal. Então é uma característica que vai atender mais a intenção de busca de quem tem esse perfil. Agora não é um executivo que o que ele prioriza é tamanho da tela, bateria, opa, é outra pegada de explicação.

Daniel Imamura: E tem espaço para todo mundo, para você poder criar o conteúdo visando a cada intenção de busca. Agora não. Se você pensar, eu quero fazer um conteúdo genérico para atender todo mundo. Aí é onde que está o erro. Porque se você quer vender para todo mundo, você acaba não vendendo para ninguém.

Ed Firme: E aí eu acho que assim, eu gosto de fazer correlatos com o que a gente vê, pelo menos na edrone, com um ponto de assertividade, né? E vai muito de encontro com o que você diz. E hoje a nossa ferramenta, ela é baseada em três pilares, que é o CRM, a automação de marketing e a inteligência artificial. E a gente entende que uma coisa se conecta com a outra. O CRM vai fazer exatamente a junção de todos os dados, vai ser o grande arquivo que vai coletar tudo que é informação que acontece dentro do teu site. A automação de marketing vai te ajudar a se comunicar baseado nos gatilhos. Só que aí eu acho que essa é uma parte que a IA faz muito bem e te direcionar o quem, o onde e o como.

Ed Firme: Então, hoje, e aí eu tô te dando essa visão porque eu gostaria de validar ela com um especialista. A gente tem, por exemplo, clientes que vendem roupa, vestuário, misto, masculino e feminino. O dono da loja ou estrategista da loja, ele conhece o próprio público. Então ele vai saber que o público feminino compra peça A, B ou C e o público masculino a mesma coisa do outro lado. Você acredita que usando a IA? E aí a gente tem um monte de modos de usar a IA. Ele consegue se comunicar e vender melhor para esses dois públicos com menos esforço, algo que era muito mais difícil para nós, que viemos daquela época onde para cada cliente se escrevia um copy diferente?

Daniel Imamura: Sim, com certeza. Entender essas pequenas nuances que estão ali no banco de dados das informações com inteligência artificial fica muito mais fácil. Inclusive a gente pode expandir isso para muito mais que a gente falou de uma característica que é relativamente simples: homens e mulheres. Só que dentro do grupo de homens, por exemplo, podem ter os homens que a eles…

Daniel Imamura: Quais foram os homens que compraram uma calça nos últimos três meses? E eu sei que depois da calça vai querer comprar um blazer. Eu consigo ir explorando essas pequenas nuances que muitas das vezes na mão, escovando bit ali, fazendo planilha de Excel, filtrando os dados, que era como a gente fazia antigamente…

Ed Firme: Dói aqui, ó.

Daniel Imamura: Isso aí ficaria muitas vezes até meio inviável, porque a cada filtro que a gente fosse fazer ou composição de perfil que a gente fosse fazer ia levar horas e horas. Aí depois que você já está na quinta, sexta filtragem, você já está cansado. Agora você pede para a IA te trazer os 30 perfis que mais têm potencial para comprar uma peça no próximo mês. Pô, excelente! Tá ali na mão e vai fazer isso em 5 segundos.

Ed Firme: Eu acho até importante colocar isso dessa forma, porque existe uma ferramenta dentro da edrone, uma funcionalidade dentro da edrone, que para mim é a soma de tudo que é importante dentro de um e-commerce e principalmente para validar a saúde dele, que é a RFM, que é um cálculo matemático que faz referência, frequência e valor monetário.

Ed Firme: A diferença é que, por igual você falou, ficar escovando o bit, ficar lendo dashboard atrás de dashboard para você saber quem é cada um desses clientes, o que a edrone faz de diferente é trazer um painel com dez perfis já prontos. Esse aqui é o seu público VIP. Esse aqui é o seu cliente que compra muito, mas compra de pouco em pouco tempo. Esse aqui é o cliente que você está prestes a perder porque ele já comprou, mas não compra mais há algum tempo. Então, tendo tudo isso, fica muito mais fácil de criar comunicações assertivas, direcionar qual vai ser a campanha de cada um e, diga-se de passagem, ela é atualizada automaticamente com um sistema de inteligência artificial. Por que a edrone consegue tanto ler tudo que é ação que é tomada dentro do site quanto fazer um dinamismo para cada uma das ações de gatilhos que foram ativadas com a automação de marketing, então concatena todos os dados e entrega um dashboard já visível, pronto para tomar as atitudes. E aí com isso a gente está vendo mais uma função que a IA consegue suprir.

Ed Firme: Mas a nossa conversa começou com uma ferramenta. O que um bom usuário de IA precisa pensar para ele saber usar uma boa ferramenta? Porque, é óbvio, não adianta dar uma Ferrari na mão de qualquer um que é mais capaz da pessoa se estrebuchar no poste do que conseguir correr de fato. Então, o que você acha que o cara precisa olhar e falar assim: “Para eu ser um bom usuário dessa ferramenta, eu preciso…”

Daniel Imamura: Precisa ser específico. O quanto mais específico você for no que você pede, direciona a IA melhor, porque ela vai te trazer um resultado mais específico, mais direcionado. O que é aquilo? Se eu chegar, vamos pegar de exemplo um ChatGPT que acho que todo mundo tem contato hoje em dia. Todo mundo deve ter, todo mundo não, porque a gente também, né? Todo mundo é forte de dizer, mas muitas pessoas cada vez mais estão ali instalando o ChatGPT no seu celular. Se você chega e pede para ela me escrever um texto sobre e-commerce, vai escrever um texto qualquer sobre e-commerce. Agora, sei lá…

Daniel Imamura: Não quero que você me explique, me escreva um texto explicando sobre como eu posso criar campanhas mais específicas para aumentar as minhas vendas no Dia dos Pais deste ano. Pronto, é outra coisa que vai surgir lá. Muito mais específica, porque a gente trouxe o contexto. É para o Dia dos Pais, eu quero aumentar as vendas para o e-commerce, etc, etc. Então, quanto mais específico eu for, melhor. Então, parar de pensar que a inteligência artificial vai pensar por nós. Ela não vai pensar por nós. Ela vai trazer os dados que a gente solicitar. E aí é onde que entra a inteligência humana, por exemplo, da edrone. Por que tem esses dez perfis? Porque vocês entendem de e-commerce, entenderam? Trazendo já esses dados dos dez perfis que mais têm potencial para comprar. Pô, eu vou ajudar o meu cliente a vender mais. Ou seja, teve um humano que pensou, colocou lá e usou a IA para fazer todo esse processamento em instantes, em tempo real. É a mesma coisa com qualquer ferramenta.

Daniel Imamura: Você tem que saber o que você vai solicitar. Por exemplo, vamos pensar na criação dos conteúdos para o site, para loja virtual, cadastrar os produtos que a gente falou agora há pouco. Se você pegar e cadastrar um conteúdo genérico, beleza, você pode fazer isso com qualquer IA lá. Ele vai criar um conteúdo genérico, mas você pega a Niara. Lá na Niara, a gente consegue subir um Excel com todos os produtos. Só que a gente não vai simplesmente pedir assim: “Escreva o que a gente vai falar para quem que é esse produto, características, benefícios, o que que eu quero que seja incluído ali, incluindo a palavra-chave para a gente poder ranquear, performar, ranquear nas pesquisas.” E aí ele vai e cria tudo isso de forma automatizada, facilitando a nossa vida. E de novo, eu sempre falo, por mais que a gente trouxe todo esse direcionamento, etc. Não é copiar e colar, a gente tem que pegar e revisar.

Ed Firme: É a famosa validação humana.

Daniel Imamura: Exato, isso não dá para fugir.

Ed Firme: E eu até gostaria de fazer uma pergunta, porque assim, eu já falei isso em outros episódios. Eu lembro até hoje. Quando eu recebi a notícia, eu recebi o link do ChatGPT. Foi um amigo meu que mandou ali bem na época que saiu e ele mandou com o seguinte aviso: “Assim, ó, use com responsabilidade.” E aí eu lembro de eu olhar e falar: “Cara, não é possível.” E aí eu montei a primeira vez, eu vi o resultado vindo. E aí, sabe aquele choque que eu tive assim? E aí até hoje eu acabo convivendo com muita gente da área de tech e consequentemente muita gente que não é da área de tech, mas que é curioso e muita gente ainda acha que é um negócio mágico, mágico, mágico mesmo, que você vai lá e faz uma pergunta e ela te responde, ela te dá contexto, ela cria a imagem. Agora ela cria vídeo. Como que você explicaria para uma pessoa que a IA não é mágica? Ela só está fazendo um trabalho invisível porque é óbvio…

Ed Firme: A gente que entende um pouco mais entende que existe o banco de dados da onde ela está puxando essa informação, que existe o prompt que ela está atendendo. E existe também o fator de IA, pelo menos até onde eu estudei. Ela responde muito baseado em probabilidade, então ela faz uma soma numérica e fala: “Baseado nessa quantidade de palavras, dessa quantidade de input vindo desse banco de dados aqui, mais ou menos a resposta que eu acho que esse usuário quer é essa, né?” Essa é a fórmula por trás da mágica da IA. Mas existe algo mais que a gente está deixando passar ou algo que ficaria muito mais fácil de explicar e abrilhantar os olhos de quem ainda não entende?

Daniel Imamura: Eu sempre brinco que assim, que a IA pode ser um segundo cérebro e um segundo cérebro que tem informações de tudo que está na internet. Acho que o jeito mais simples de explicar, porque a gente pode até, como eu trabalho muito com pesquisa do Google, etc. Isso é uma coisa que já tá mais um pouquinho mais familiarizada para o pessoal que quando eu vou explicar para uma criança de sete anos o que que é o Google…

Daniel Imamura: O Google tem toda a informação do mundo e conforme a gente pesquisa, ele traz a resposta para nós e ele vai mostrar os sites que a gente pode acessar para encontrar mais detalhes sobre aquela informação que a gente tá querendo obter, o produto que a gente quer comprar e assim por diante. Para as inteligências artificiais é bem parecido. Eles têm um banco de dados, ou seja, tem toda a informação do…

Ed Firme: Mundo disponível.

Daniel Imamura: Que está disponível. Isso é exato. E conforme a gente pergunta, ela vai trazer as respostas para nós. Mas até um ponto que você trouxe que é bem importante, que acho que complementa isso que a gente está falando agora há pouco na questão de que as inteligências artificiais costumam trabalhar na média, elas preveem o que é mais provável que a pessoa escreva, responda com base no input que foi dado, que isso até um ponto que muitas das vezes a pessoa fala: “Pô, mas eu queria algo diferente.” É aí que entra a questão da gente educar a IA, trazer os nossos dados, o nosso jeito de pensar, as nossas informações para treinar a IA e ela poder ser mais específica.

Daniel Imamura: Esse é um pulo do gato, vamos dizer assim, que muitas das vezes o pessoal ainda nem sabe que dá para fazer, que aquilo vou trazer para a minha área de novo. Se eu perguntar qualquer coisa sobre SEO para o chat, ele me responde e responde até que relativamente ok, porque ele tem uma vasta biblioteca de informações sobre SEO. Só que tem algumas coisas que eu gostaria que ela explicasse diferente. Então, o que eu fiz? Eu peguei todas as minhas aulas do meu curso, voltei para ele, botei para ele ler. Ele leu lá. São mais de 60 aulas. Ele leu da forma que eu explico, com os meus exemplos e tudo mais. E agora, quando eu vou perguntar algo, a minha equipe vai tirar uma dúvida sobre SEO. Ela pode usar esta IA que foi educada com a minha forma de explicar, os meus exemplos e aí fica muito mais parecido com a minha explicação. Opa, agora está mais personalizada!

Ed Firme: E aí? Esse é um outro ponto que eu vou fazer um link, porque eu acho muito bacana explicar isso para o pessoal que já te apetece…

Ed Firme: Tá gente, vamos, vamos trazer para o básico, já te apetece as LLM. Elas só têm a potência que elas têm porque elas estão conectadas a um banco de dados, né? E o por que que eu gosto de deixar isso muito explicitado? Porque entra um outro diferencial muito bacana da edrone quando se fala de IA. Hoje a edrone atende mais de 1200 clientes a nível mundial. Todos os clientes muito bem categorizados dentro da área de e-commerce e nós temos uma inteligência artificial ligada dentro do nosso banco. Isso quer dizer o quê? Que os nossos dados, nossas métricas, nossos resultados de IA? Eles não são só apenas conectados na internet padrão que eu costumo dizer, né? Ela está conectada a 1200 clientes que fazem, validam e transformam e adaptam essa inteligência artificial todos os dias para um foco que é o e-commerce. São os resultados de comunicação de e-commerce, são todas essas informações baseadas em e-commerce. Dito isso, e aí agora eu vou fazer uma pergunta um pouco mais capciosa, porque entra o outro lado, o lado do medo da inteligência artificial? Porque tem muita gente que tem o medo de: “Ah, eu vou ser substituído pela IA.”

Ed Firme: Bom, essa parte aí acho que a gente já consegue entender que vai ser substituído quem não entende que ela é uma ferramenta. Exato, né? Mas qual é o próximo passo? Qual é a próxima tarefa chata ou o próximo processo disruptivo que a IA vai trazer para a gente no mercado digital que você olha e vê e fala? É o próximo passo.

Daniel Imamura: Sim, a gente ainda está. Ainda é muito recente essa qualidade do que a inteligência artificial tem entregue para nós. Então, a gente ainda está no momento de descoberta de quais serão exatamente os próximos passos. Acho que é até difícil falar: “Daqui cinco anos vai ser dessa forma.”

Ed Firme: Há três anos atrás, se alguém falasse para mim que a gente ia ter V3, por exemplo, criando o vídeo do jeito que cria, eu ia falar: “Mentira!” Sim.

Daniel Imamura: A gente tava até brincando aqui antes de começar a gravação, que agora a gente vê os personagens bíblicos falando mineirês.

Ed Firme: Nossa, isso aí virou, cara, virou a internet. Eu acho que assim, a internet se molda muito com base na tecnologia.

Ed Firme: A gente estava falando aqui no off sobre o passado da internet, né? Mas eu vejo que a inteligência artificial, num geral, as ferramentas de IA, elas trouxeram algo que a gente não tinha há muito tempo a nível mundial, que eu costumo dizer que é o efeito Wow, né? E com efeito Wow eu faço um paralelo assim: “Pô, há menos de dez anos a gente começou a fazer exploração para Marte. A galera: ‘Uau, que legal!’ Pô, agora a gente tem foguete dando ré. ‘Poxa, legal!’ Olha, agora a gente cria vídeo com IA. ‘Wow!'” Todo mundo parou. É assim. É uma febre mundial. Existem pessoas no mundo inteiro olhando para isso, com esses grandes olhos. E eu tenho a sensação de que cada vez mais vai se tornar mais difícil causar esse efeito Wow por conta das ferramentas. E aí eu trago essa vírgula bem grande para a gente olhar de volta para o que está acontecendo no mercado. E é o nosso cliente, os nossos clientes, o público no geral.

Ed Firme: Como que eles podem usar essa ferramenta para criar esse efeito Wow? Porque assim, a gente consegue ver que é sempre uma cadência. Começam as big techs e aí vai descendo para as corporations e vai descendo para o mercado e aí, consequentemente, vira uma ferramenta de uso na mão de todo mundo. Então, para quem está ouvindo esse nosso papo, o que ela pode olhar para a inteligência artificial e falar assim: “O tal trabalho que eu não estava fazendo agora eu não tenho mais desculpa.”

Daniel Imamura: Sim, juntando tudo isso, a pergunta anterior com essa dos próximos passos. Mas a gente precisa sempre ficar de olho nessas tendências. O que está mudando? Para onde? Para onde a gente pode utilizar que vai cair nessa questão dos clientes? Hoje, os clientes, principalmente a gente, que é de marketing, das agências de marketing, o cliente está chegando cada vez mais munido de informação, de recursos. Ele sabe que dá para fazer muito mais coisas. Se a agência não está ligada em acompanhar, já está para trás, porque vamos pegar o exemplo dos videozinhos aí do V3.

Daniel Imamura: Isso antigamente ia precisar de um mega estúdio de Hollywood para conseguir renderizar um vídeo desse com a qualidade que se tem hoje. Dublagem e tudo mais. Agora tudo a voz, o vídeo sai tudo de forma pronta, automática em minutos ali.

Ed Firme: Uma pergunta, Daniel, antes de seguir: você já comprou um vídeo desse ou desse?

Daniel Imamura: Ainda não.

Ed Firme: Cara, eu ainda não tive a oportunidade, estou providenciando, mas eu procurei em uma ferramenta similar e cara, é bizarro e bizarro porque você faz um vídeo inteiro com três linhas de código, em três linhas: “Eu quero que aconteça isso no vídeo, assim, assim e assado.” Óbvio, se você quer um diálogo, se você…

Daniel Imamura: Quer algo mais…

Ed Firme: Complexo, um pouco mais complexo, mas para um roteirista que…

Daniel Imamura: Trabalha…

Ed Firme: Com isso, que trabalha com isso, o cara está ganhando a vida dessa maneira.

Daniel Imamura: E aí, voltando para o ponto que essa questão dos clientes, eles já chegam mais informados. Aí o que dá para fazer hoje que não dava, que dá todo esse efeito Wow e tudo mais.

Daniel Imamura: A gente tem um cliente que é uma rede de cafeterias. Do nada eu olhei lá na rede social dele e eles mesmo fizeram lá um videozinho com o V3 e eles simulando ali que ele, uma jornalista, falou: “E agora chegou um quiosque dessa rede de cafés lá no Oriente Médio e…”

Ed Firme: Todo…

Daniel Imamura: Mundo, todo mundo no meio da guerra, todo mundo sentou para tomar um café e agora eles se acertaram. Aí você fala: “Cara, e ficou um vídeo assim super perfeito. A voz, a narração e esses…”

Ed Firme: Jornalísticos é igual esses vídeos de vovozinha no trilho do trem. Cara, eles enganam porque principalmente… E aí eu, eu faço sempre essa visão, óbvio. Para quem é do audiovisual e está ouvindo, a gente fala isso que é absurdo, porque você vê que no fundo tem uma pessoa de seis dedos, até uma pessoa com um olho só. Mas cara, hoje em dia a gente consome as coisas no celular…

Daniel Imamura: De um minuto.

Ed Firme: De um minuto, você bate o olho, consumiu, tá bom, vem o próximo.

Ed Firme: O importante é a mensagem e a mensagem é pegar, né?

Daniel Imamura: E aí, né? Imagina só. Isso deve ter sido feito super rápido, super simples e já causou um efeito Wow. Isso há três anos atrás era inimaginável e isso está sendo possível. Então olha só, em três anos uma mini produção de Hollywood surgiu no Instagram do cliente ali feito caseiro. Então imagina o que vai acontecer daqui para frente. Então a gente tem que ficar antenado nessas possibilidades e vir aprendendo conforme as coisas estão evoluindo. Lá atrás, quando aprendi SEO, as coisas, elas iam assim, passinho de tartaruga, porque há 25 anos atrás o Google malemá lhe soltava atualizações do seu algoritmo uma vez por ano. Assim, aquelas atualizações robustas que hoje em dia têm até nome, têm intervalos bem menores, às vezes são três, quatro no ano e assim por diante. Então eu tive tempo de vir aprendendo as coisas com calma. Estou há 15 anos estudando isso e lá atrás eu vinha estudando com calma. Agora fico pensando a pessoa que chega hoje…

Ed Firme: Olha quanta coisa ela tem que…

Daniel Imamura: Ela tem que estudar 15 anos para trás para chegar no mesmo ponto que eu já estou hoje e ainda continuar aprendendo para frente. E fora que eu tenho a experiência, a vivência, já testei muita coisa, eu sei o porquê tal coisa mudou de A para B. Foi natural. Eu sempre só tinha que estudar. Mais uma coisa, a pessoa que vai entrar no SEO hoje ela tem que estudar 15 anos para 20 e poucos anos para trás e…

Ed Firme: Continuar.

Daniel Imamura: E continuar se aprimorando. Então quem pegar o bonde agora da inteligência artificial só tem…

Ed Firme: Pouco tempo.

Daniel Imamura: Para…

Ed Firme: Olhar.

Daniel Imamura: Para trás. Pô, eu nem preciso estudar muito as versões anteriores dessas produções de vídeo, porque o que vale daqui para frente, se eu pegar daqui para frente, eu só vou me atualizando e me atualizando e eu vou me manter competitivo. Eu não vou ser substituído por uma ferramenta qualquer dia. Então é isso que acho que é o ponto que o pessoal tem que prestar atenção. Se você vai acompanhando o bonde, sempre está estudando, testando, brincando com a ferramenta, vai dar muito bom.

Daniel Imamura: Agora, se você deixar, não espera dar uma consolidada e lá na frente eu vou começar a estudar. Aí já ficou para trás.

Ed Firme: Eu vou até um ponto que a gente conversou também aqui no backstage antes, que é esse movimento que está acontecendo de duplicidade dentro da internet, da mesma forma que a gente tem, como por exemplo, você deu esse cliente que é uma semana de V3 bombando, ele já entendeu o hype, ele já pegou e ele já está criando. Tem diversas outras companhias a nível mundial que estão fazendo o trabalho contrário, que estão indo para aquele produto que quando você olha, você consegue ver que foi produzido por um humano? A gente até brincou aqui que é aquela coisa que tem um gostinho de anos 2000 ali da internet. E o Daniel que está aqui com a gente? Ele já trabalhou com criação de conteúdo para diversas marcas e uma das marcas marcou a minha vida, que foi a Level Up. Eu cresci jogando grande parte dos jogos que eram distribuídos pela Level Up, e esse tópico ali surge exatamente porque enquanto a gente estava batendo esse papo, falei: “Ah, é o Ragnarok, que foi uma das maiores lançamentos da Level Up, voltou.”

Ed Firme: E isso é uma perspectiva de mercado de que várias coisas do mercado digital estão voltando, né? É como que uma coisa baliza com a outra, como essa, esse sentimento de nostalgia digital se complementa com os usos cada vez mais recorrentes de inteligência artificial na sua visão.

Daniel Imamura: Sim, esse contraponto é que a gente tem que entender que no final do dia são pessoas e as pessoas têm nostalgia. Tem pessoas que estão atrás do ouro. Então a gente tem que entender que tem espaço para as duas coisas. Então quem curte a nostalgia vai querer o a mão, o nostálgico, o antigo ou a nova versão do antigo. Eles vão querer viver essa experiência, ter esse sentimento. Então tem muito espaço para isso. Também tem o espaço do feito à mão. Do nada brotou no meu algoritmo dos videozinhos que eu assisto agora, a galera mandando personalizar o tênis com a pintura que só tem no tênis dele, não sei o quê, porque é único e exclusivo, porque as pessoas, elas não querem se sentir mais do mesmo. Eles até querem participar de uma comunidade, mas mesmo dentro da comunidade, eles querem ter a sua individualidade.

Daniel Imamura: Então, quando surge essas coisas que nos trazem um sentimento legal, a gente adere. Então, esse é o ponto do nostálgico. Por isso que várias coisas estão voltando, o Black Friday voltou e tudo mais.

Ed Firme: Como é que…

Daniel Imamura: Voltou? Então são essas coisas que despertam alguma coisa e dependendo de como você botar isso na sua estratégia, vai dar muito bom. E do outro lado dessa questão da agilidade, produtividade é feito ou coisas feitas mesmo para ser consumido rápido e semana que vem ninguém vai lembrar mais que também tem seu espaço. Então existem esses dois contrapontos, mas ambos a gente sempre tem que pensar nas pessoas, que é a essência do marketing e principalmente, a gente fala muito isso na área de SEO, que a gente não faz os conteúdos pensando só no algoritmo, a gente faz o conteúdo pensando nas pessoas, porque se quem vai consumir aquilo no final do dia é a pessoa que quer comprar o produto, então se eu não pensar nela, eu não vou responder as dúvidas que ela tem. Eu não vou conseguir usar os exemplos que ela gostaria de ver.

Daniel Imamura: E aí eu posso deixar de fazer uma venda por não ter essa personalização. E aí cabe a mim entender se essa personalização vai ser mais automatizada ou se ela vai ser mais feita à mão no detalhe ali, mais nostálgico. Existem casos e casos. Eu tenho que saber qual é o meu público.

Ed Firme: E aí eu acho que isso diz muito. Exatamente quando a gente olha para uma perspectiva, talvez de a imaturidade do mercado digital brasileiro. E eu digo isso com uma certa tranquilidade, que, embora a gente está aí trabalhando nessa área há muito tempo, como você disse, a gente teve tempo de ver muita coisa acontecendo. O aquecimento bruto mesmo do mercado veio, infelizmente, por conta da pandemia que muita gente teve que se digitalizar. E aí o mercado tomou a proporção que ele vem tomando. Mas mesmo assim, menos de 35% do mercado brasileiro é digitalizado. Então tem muito espaço por aí. Por que eu faço essa, essa vista para a gente olhar para um outro ponto que é: ainda dá tempo de muita gente começar.

Ed Firme: E como que ela economiza esse tempo de começo? Porque de novo, lá atrás, quando a gente ia olhar os primeiros sites de e-commerce há dez, 12 anos atrás, cara, era uma luta. Era um painel complicado. Subir um produto era difícil, não tinha exportação em massa e tudo era tudo. Era uma guerra. Fazer o disparo de um e-mail era uma guerra. Fazer acompanhamento de métrica era uma guerra. Hoje, com tudo de tecnologia que a gente tem, como que o cara começa e como que ele economiza tempo nesse começo? Para que lado que ele olha? Ele dedica um tempo primeiro para ele escrever à mão todas as informações que ele precisa para depois fazer a IA, como você disse, trabalhar para ele baseado no agente, ou ele vai trabalhando em conjunto com a inteligência artificial, ou ele pede para a IA dar para ele um plano para iniciar. Qual é o melhor modo? Você consegue ver assim?

Daniel Imamura: E pensa assim para o pequeno que está começando sozinho? “Vou lançar meu e-commerce aqui para vender meu CNPJ.”

Ed Firme: O senhor de MEI ali.

Daniel Imamura: Empresa. Vai começar sozinho. Tem que usar a IA para tudo, porque se a gente pegar, já trabalhei com grandes e-commerces, os mais conhecidos aí do Brasil. Eles têm equipes que são centenas e centenas de pessoas para cadastrar produto, fazer o marketing, buscar novos produtos no mercado, analisar tendência. Tem que ir para tudo que você imaginar lá dentro. Só que a gente está falando de marcas que são gigantes no Brasil.

Ed Firme: E que faturam oito dígitos para mais.

Daniel Imamura: Para mais. Exato. São milhões e milhões por mês que eles faturam ali, vendendo milhões de produtos. Não dá para que a gente fala para um pequeno que está começando agora sozinho. Querer ter uma estrutura dessa é impossível. Então, quem vai ser a equipe dele aí? Porque anteriormente, quando alguém falava: “Vou abrir o meu negócio no digital”, ia pensar de fazer um curso, de contratar, ver se cabia contratar alguém para auxiliar nesse processo, nem que fosse só para dar uma dica, fazer um planejamento, etc.

Daniel Imamura: E hoje dá para encurtar esse caminho se ele souber fazer boas perguntas para a IA. Há até um jeito que eu gosto bastante de usar o meu ChatGPT. Eu pego, eu ligo o microfone e o dito para ele, ele fala: “Vamos trazer esse exemplo, se comporte como um especialista em e-commerce e eu vou abrir a minha loja de roupas masculinas. Eu gostaria que você me trouxesse. Quais são os primeiros passos que eu tenho que dar para abrir a minha loja virtual?” E aí já vai vir um plano? Quer dizer que é o melhor plano do mundo? Talvez não. Talvez um plano, mas é um plano que talvez você sozinho para ficar pesquisando, lendo e não sei o quê e levar semanas ali. Você vai ter em minutos um plano que você pode avaliar e falar: “Pô, eu acho que faz sentido” e começa a executar e você vai aprofundando. Ele falou: “Ah, crie como… Crie sua loja virtual.” Aí tem algumas opções daquelas lojas das plataformas que você vai lá, só aluga a plataforma, você contrata, você coloca suas cores, sobe o seu logo e tá tudo certo.

Ed Firme: Beleza, subiu a loja…

Daniel Imamura: Digital já tá no digital. Aí, como é que eu faço para cadastrar o produto de um jeito legal? Aí vão vir as dicas de SEO. A foto hoje. Fazer foto de produto com inteligência artificial?

Ed Firme: Nossa, isso aí é para quem? Para quem viveu o que eu vivi, você viveu. Cara, eu lembro até hoje da época que o pessoal tinha a tendência era: “Cara, agora a gente vai montar mini estúdio, porque a gente vai fazer as fotos personalizadas e tal.” E contratava um fotógrafo e tinha uma câmera que parecia uma bazuca para tirar foto. Hoje em dia qualquer um pega o celular, passa na IA e pronto. Você tem o portfólio inteiro dos seus produtos.

Daniel Imamura: E ainda com as aplicações ambientada em vários lugares.

Ed Firme: Cara, isso é uma doideira tão sem tamanho assim quando a gente olha porque… E aí eu tenho interrompendo, mas fazendo um complemento. E dá para ter a noção de que hoje em dia as pessoas olham para o digital e acham que é muito fácil, porque de fato, nos últimos anos ficou muito fácil.

Ed Firme: E aí? E aí chega naquele momento do episódio que toda vez acontece comigo, tem muito guru falando que é muito fácil. Tem muito guru que fala: “Cara, com investimento de R$ 100 por mês eu te faço faturar R$ 10.000.” Cara, eu sei que com a IA você vai ter um baita de um apoio. Eu sei que se você tiver uma ferramenta bacana usando tecnologias que te ajudam, é possível, mas não é tão fácil assim, né, Daniel? Não, não, não, não tem uma igual. A gente está falando do ChatGPT. Ele pode te dar diversas e diversas maneiras de você executar um projeto, mas não quer dizer que o projeto vai ser fácil. Não quer dizer que agora eu automatizei tudo aqui e tá tranquilo, porque no fundo, no fundo, a gente está falando de humanos vendendo para humanos. A hora que a IA vender sozinha, a gente não… Aí a gente vai ter um problema muito grande, né? Mas é essa visão que eu gosto de fazer de paralelo. E também para fazer uma pergunta que diz assim: “Se cada vez mais a IA está nos guiando para tanto, como fazer, tanto como resolver? Vai chegar um momento que a IA vai ser a nossa guia de consumo.”

Daniel Imamura: Também pode ser um guia inicial, só que o humano sempre vai ter suas preferências. A gente tava tendo uma aula ontem com o nosso grupo lá de agências e teve um exemplo que trouxeram que aquilo, por exemplo, tem um cinto, tem um cinto de uma marca famosa que custa R$ 7.000 e tem um cinto que custa R$ 50. Por que alguém paga R$ 7.000 num cinto e tem outras pessoas que vão pagar R$ 50? Em alguns casos é por questão financeira, obviamente, mas quem tem a condição financeira e compra o cinto de R$ 7.000 é porque ele gosta. Ele tem a preferência, ele quer aquela marca, aquela marca, passa algum tipo de valor para ela. Então cada pessoa vai escolher pelas suas próprias opções, seus próprios desejos, que pode ser status, pode ser a qualidade e durabilidade. Cada pessoa vai ter o seu estilo, então aí ela pode trazer várias opções, só que sempre vai ser baseada nos nossos gostos para fazer sentido, porque se você falar: “IA, eu estou aqui duro, mas eu preciso de um cinto”, beleza, ela vai me recomendar os cintos baratos. Agora, se eu fizer outra pergunta…

Ed Firme: E qual é o melhor?

Daniel Imamura: Sim, o melhor cinto, o que…

Ed Firme: Vai muito dos famosos.

Daniel Imamura: Famosa já é outra coisa. Então é sempre com base no que a pessoa deseja, aí vai ser o guia. Só que sempre tem esse pezinho ali nas preferências da pessoa. E é por isso que de novo, pessoas vendendo para pessoas. Na hora que a IA for recomendar, como que ela sabe qual que é o cinto dos famosos, qual é o cinto que é o melhor custo-benefício e etc.? É porque a gente nutriu ela com essas informações. E se o nosso e-commerce só tem conteúdo genérico que não fala sobre esse perfil de consumo, etc, aí a gente nunca vai aparecer porque a gente não agrada para nenhuma busca.

Ed Firme: Que a gente está falando. E aí essa é uma parte que é muito engraçado, que você plantou a informação que eu queria trazer, já que é. E houve exatamente esse tempo e a gente trabalhou em SEO para que a gente tivesse um bom posicionamento no Google. E aí existe sempre a famosa: “Uma tecnologia vai matar a outra tecnologia.”

Ed Firme: E aí a gente viu a TV tentando matar o rádio, a internet, tentando matar a TV. E agora eu tenho ouvido muita gente falando porque o ChatGPT vai matar o Google. Primeiro, eu já discordo do topo. Eu não acho que uma coisa nunca vai matar a outra. Dito isso, o próprio Google desenvolveu agora os modelos de busca dele baseado em IA. Então ele te cospe algumas respostas já baseadas em termos de busca de inteligência artificial. E aí? Agora uma dúvida genuína. E aí, eu queria uma dica sua também? Como que o Google está fazendo essas leituras? E segundo, como que um lojista pode se preparar para ele aparecer nessas pesquisas?

Daniel Imamura: Perfeito. Vamos pegar os dados ali que acho que é legal pro pessoal entender. O Google sempre vem dominando as buscas, principalmente no Brasil. A gente olhava o market share, era sempre 98, 99% das pesquisas feitas no Brasil era o Google. Ou seja, o Google sempre foi sinônimo de pesquisa na internet. Hoje, quando a gente olha esse market share já caiu para 90%.

Daniel Imamura: Ou seja, está cada vez dividindo mais a fatia do bolo. Não acredito também que venha a matar, só que vai dividir cada vez mais atenção por conta das preferências de cada um. Então pode ser que daqui a pouco a gente olhe para o Google. Está com 70% de market share. Esse número vem mudando, mudando e por conta dos hábitos das pessoas que elas querem, uma resposta mais detalhada, já mastigada, não tem que entrar em três, quatro sites e assim por diante. E o Google percebendo que esta é a tendência, o Google sempre está de olho no futuro, nas próximas tendências, porque se ele chegar tarde, aí que ele vai perder fatia de mercado. Ele entendeu que ele precisava entregar um resuminho de inteligência artificial para as buscas, principalmente mais informacionais. Ou seja, a pessoa só quer uma informação que tem uma coisa que eu ensino para os meus alunos que assim: “Vamos lá. Vamos voltar cinco anos atrás, quando a pessoa pesquisava qualquer coisa e acessava um site para descobrir uma informação que ela queria a informação.”

Daniel Imamura: Hoje, quando o Google entrega a informação para ela, ela continua tendo o mesmo resultado. Para ela, não mudou nada.

Ed Firme: Continua entregando o que ela sempre buscou.

Daniel Imamura: Exato. Então legal. O Google continua cumprindo com a sua função. Então a gente sabendo que o objetivo agora não é o clique, ou seja, levar a pessoa para o meu site, mas sim que ela leia a informação do jeito que eu comunico, para que ela saiba que eu vendo desta forma, eu trago esses atributos para o meu produto, etc. Eu tenho que descobrir como é que o Google…

Ed Firme: Lê.

Daniel Imamura: Lê e me posiciona. E aquilo, todas aquelas boas práticas que a gente tinha de SEO ano passado. Ela se mantém e a gente adiciona mais uma camada. O que são as boas práticas de SEO do passado? Esse é o site, ser responsivo, ser rápido, você trabalhar uma boa linkagem interna, ter backlinks, ou seja, outros sites apontando links para você e te citando, tudo isso continua 100% válida. Aí, qual é a camada extra que a gente adiciona agora? Anteriormente a gente pensava muito numa palavra-chave, que era a pesquisa que a pessoa realiza.

Daniel Imamura: Exato. É colocar essa palavra-chave dentro do nosso texto e da nossa página, porque dessa forma dava match e a gente poderia aparecer ali na pesquisa, junto com todos os outros atributos que a gente falou aqui agora. Só que quando a gente fala de inteligência artificial, concorda que é um textinho feito na hora e uma explicação resumo feito na hora. O Google não precisa mais se apegar a uma única página para trazer aquela resposta. Ela pode juntar vários trechos de páginas distintas que podem ser do seu site ou não, e montar aquela resposta. Então, qual é a camada que a gente tem que entender agora? O meu site, a minha loja, eu preciso demonstrar através dos meus conteúdos que estão lá disponíveis, que eu sou especialista naquele tópico, naquele tema, naquele tipo de produto. Porque quando o Google pesquisar algo sobre aquele produto, por exemplo, como referência…

Ed Firme: E eu sou o especialista.

Daniel Imamura: Exato. Então é isso que a gente tem que entender. Porque quando a gente olha só por palavra-chave, às vezes a gente exclui algumas palavras-chave, porque essa aqui não tem volume de busca e não vou trabalhar ela no meu site, etc.

Daniel Imamura: Só que a partir do momento que a gente entende que é uma composição de uma resposta mais completa para ajudar o usuário, eu tenho que pensar: “Será que o meu potencial cliente, meu futuro cliente, ele tem essa dúvida?” Ele tem? Então eu preciso ter em algum lugar na minha loja, no meu site essa informação disponível para quando o Google for compor a resposta dele ou qualquer outra ferramenta de IA, a minha página vai ser utilizada. Eu vou ser citada ali como uma das fontes que agora todas as ferramentas elas trazem as fontes ali para até comprovar. “Não inventei, não alucinei”, que o pessoal falava que era alucinação da IA, né?

Ed Firme: Nossa, isso aí. E eu que, como eu disse, eu uso a IA desde do comecinho e eu vi ela alucinando assim forte. Hoje em dia é muito menos. E aí entra uma outra dúvida que entra na minha visão de mercado, que aí volto a falar sobre banco de dados. É sobre as respostas que a IA dá. No começo a IA respondia em português muito mal, muito mal.

Ed Firme: Só queria ter um prompt apertadinho. Você tinha que ir para um input em inglês. Hoje eu já vejo que ela responde muito bem em português. Você consegue fazer um descritivo, pedir informações e ela te devolve. Você acredita que existe algum modelo de linguagem para se falar com a IA, para se promptar a IA que ajuda além do que a gente já colocou ali, né? Sobre especificidade, mas algo que ajuda você a estruturar um pedido para ela. Assim, você teria uma dica para o pessoal de casa de um roteirinho?

Daniel Imamura: Se é que o roteiro ele sempre depende do que a gente quer como resultado final. Mas vamos pegar, por exemplo: “Ah, eu quero fazer o cadastro do meu produto”, né? Eu tenho que trazer para quem é primeiro, né? Eu instruí a minha IA, ela não já não seja…

Ed Firme: Um agente.

Daniel Imamura: Um agente. Exato, né? Eu tenho que orientar ali a minha IA. O que que ela é? Então? “Você é um especialista em e-commerce da área de moda masculina”, pô…

Daniel Imamura: Eu dei um contexto de como que ela deve se comportar. Depois eu vou pedir o que que eu quero. “Eu quero que você me ajude a escrever uma descrição de produto para um blazer que eu vou lançar no meu e-commerce.” Beleza, então eu já falei o que que eu quero. Depois eu preciso trazer para quem? Que é a nossa persona, a persona, chame como quiser ali, porque eu vou vender para essa pessoa aqui com essas características e aí trazer o máximo de características possíveis e ainda, se possível, se você já tiver essa informação. Os benefícios que ajudam essa pessoa que ou as dúvidas, enfim, trazer o contexto. Normalmente essa pessoa tem essa dúvida sobre o blazer, tamanho, cor, combinação, se é quente e frio, você vai trazer esse contexto do produto e por fim, ter o call to action ali sempre é importante. Então a gente juntando esses elementos, ela vai saber como se comportar, para quem ela vai escrever, os benefícios que ela tem que trazer, composição e qual é a ação que ela vai passar para a pessoa no final, que é tipo: “Compra agora!”

Daniel Imamura: Enfim, isso aqui é um resuminho básico para essa função. Pode ser que isso a gente tenha que adaptar um pouco para outras atividades, mas no fim do dia isso aqui já dá um bom norte. Para você entender. O que eu preciso fazer. Não é só escrever: “Escreva uma descrição de um blazer.” Isso é muito vazio.

Ed Firme: E eu? Eu costumo brincar para todas as pessoas que eu preciso dar uma explicação sobre a IA que é: “Você quer que ela te dê o melhor resultado possível? Você vai explicar as coisas para ela como se você estivesse explicando para uma criança de sete anos. Você não vai falar para a criança de sete anos: ‘Vá na padaria e compre pão.’ Você vai falar para ir na padaria, você tem que atravessar a rua. Está aqui o dinheiro. Você vai dar tanto de pão. Você vai precisar de tanto de troco.” É óbvio, parece. E eu costumo dizer que parece que você vai gastar muito tempo escrevendo algo que: “Ah, mas não vai fazer diferença.” Faz e faz muito, porque quando a gente junta todas as informações que a gente trouxe até agora sobre como a IA lê coisas, como a IA devolve informações…

Ed Firme: Mas mais do que tudo isso, e se você só larga um texto lá, ela vai te de novo. Além de devolver uma parada muito generalista, se você nem você sabe o que você está pedindo para ela, o resultado que ela te der vai ser o melhor possível. Então, eu costumo dizer isso para todo mundo que o esforço maior para se usar uma inteligência artificial hoje está muito no esforço psicológico, psíquico da pessoa. De quanto tempo eu vou me debruçar para escrever esse prompt aqui que eu hoje eu já me adaptei a prompts de cinco ou seis linhas e normalmente resolve meus problemas. Mas quando eu preciso de algo muito maior, muito mais complexo. Eu já cheguei a escrever prompt de 300 linhas para eu ter um resultado que eu sabia que ia ser o que eu queria. Sim, foi. Mas tem muita gente que ainda não se não se adaptou com isso. E aí entra exatamente a minha pergunta para a sua visão: como que a pessoa vai se adaptando? Qual que é o jogo? Lógico?

Daniel Imamura: Tem uma dica boa para isso que você trouxe, que é assim, principalmente para os usuários novos das IAs…

Daniel Imamura: Você pode perguntar para a IA o que que ela precisa de dados para te dar uma resposta melhor. Então você pode falar: “Eu preciso cadastrar um produto? Quais informações você precisa que eu te passe para você produzir a melhor descrição possível para um produto?” A IA vai te direcionar, ela vai falar: “Eu preciso que você me dê as características, que você me dê os benefícios, que você me dê o público” e ela vai te trazer todo um checklist de informações que você precisa trazer. Dessa forma, você vai se habituando que daqui a pouco vira piloto automático. Você já sabe todos os elementos para aquele tipo de tarefa, o que você precisa trazer de informação. Aí você vai fazer uma nova tarefa que você nunca fez. Você volta para o passo número um e pergunta: “Quais são as informações que eu preciso te trazer para você produzir um resultado melhor?” E ela vai te trazer todas as informações bonitinhas para que ela possa efetivamente fazer a tarefa para você.

Ed Firme: Cara, é muito legal você falar isso, porque eu acabei fazendo isso sem querer lá no começo, e hoje em dia eu, eu ainda brinco com isso de vez em quando, que é a minha grande frustração de trabalhar com digital há todo esse tempo é não ser um programador.

Ed Firme: Então assim, eu sei o básico. Eu sei ler um código, eu sei mexer no básico do básico, mas me incomodava muito o fato de que o dia que alguém me manda um arquivo que eu preciso rodar no Python eu não sei rodar. Eu precisava pedir ajuda para três ou quatro pessoas diferentes. Aí um dia eu pedi para o ChatGPT e falei: “Pô, eu trabalho com marketing há tanto tempo, eu tenho esse conhecimento, eu faço isso, isso, isso.” Eu dei o link do meu LinkedIn para ele: “Lê o meu LinkedIn aqui, estrutura para mim um plano para eu aprender a programar.” E aí o ChatGPT virou o meu professor. Ele falou: “Olha, responde para mim esse questionário para saber nivelamento de conhecimento, para eu saber de onde que eu começo, para que lado que eu vou.” Cara, segui durante uma semaninha porque eu acabei tendo mais coisas para fazer, mas eu gosto de trazer isso como um exemplo que é para quem está começando, ou eu acho que até um contraponto que eu acho muito importante.

Ed Firme: Tem muita gente muito boa no nosso, no nosso mercado, na nossa área, que faz malabarismo todo dia, né? O cara que cuida da operação, mas ao mesmo tempo compra o produto, acha o fornecedor, cuida da nota fiscal. É ele que conversa com o marketing para aprovar, desaprovar, para fazer e não fazer. E muitas vezes ele ainda não teve tempo de se aprimorar. Você acredita que a IA dá esse suspiro para ele, dele parar e fala assim: “Cara, eu preciso me conectar mais com o meu time de marketing. A gente está rodando tal campanha, fazendo isso, isso, isso, me ajuda com insights.” Dá para usar ela como um consultor também?

Daniel Imamura: Sim, com certeza. Essa pessoa que é um exército de uma pessoa só. Ela vai ter ali agora vários assistentes que aquele cliente falou até o segundo cérebro, um assistente, chame como quiser, mas dá para usar cada vez mais para isso. Porque você falou do marketing? Às vezes a pessoa não tem a certeza se aquela campanha tá boa ou tá ruim, ou se os números que foram apresentados realmente estão bons ou não estão bons porque ela não tem o conhecimento para poder interpretar, às vezes mais tecnicamente.

Daniel Imamura: A IA consegue ajudar na análise de dados. A edrone já trouxe ali que analisa um monte de dados de forma mais instantânea, em tempo real, para ajudar nessa tomada de decisão. É a mesma coisa, pô! Se você trouxer um relatório, você subir dentro da IA, ela vai ler, vai poder te explicar com mais detalhes. E sim, você tem que perguntar para ninguém. Ela vai te orientando, te trazendo. Então isso facilita que você consiga tomar decisões mais rápidas sem ter que parar para fazer um curso, etc. Esses dias, por exemplo, eu, embora seja formado engenheiro da computação, já faz muitos anos que eu não programo. Só que eu queria automatizar um processo de uma planilha que eu estava fazendo de SEO para trazer sugestões diretamente do ChatGPT para dentro de uma planilha. Aí eu peguei e pedi para…

Ed Firme: Ligar o API do…

Daniel Imamura: Exato, então. Aí eu pedi para o ChatGPT me orientar como que eu faria para conectar a planilha do Google com o ChatGPT e trazer o resultado que eu queria dentro das células tal, tal, tal? Uma horinha que eu investi ali eu consegui sair com a planilha rodando.

Daniel Imamura: Eu falei: “Pô, eu não dei nada, só copiei e colei aqui, ali.”

Ed Firme: E eu sabia a lógica para fazer a coisa acontecer.

Daniel Imamura: Eu sabia. Pergunta. Eu sabia que ia precisar da API quando ele me falou API não era um termo estranho. Eu sabia que eu queria conectar uma coisa com a outra. Só que mesmo se eu não soubesse, era só mais uma pergunta que a resposta ia aparecer ali. Então e aí ela pode dar superpoderes para as pessoas, desde que elas tenham esse ímpeto de ir buscar e aprendendo junto com a IA. E usando ela para destravar, que acho que é o grande ponto e destravar. Porque se a pessoa fala: “Não, eu não vou nem começar a usar porque eu não, não sei.”

Ed Firme: Não compactuo com um robô. Eu ouvi muita gente falando: “Eu não compactuo com robô.” Falei: “Cara…”

Daniel Imamura: Essa pessoa…

Ed Firme: Que uma hora que o robô te botar no bolso vai ficar difícil para…

Daniel Imamura: Você. Essa pessoa que vai ser substituída sim.

Ed Firme: E aí eu queria aproveitar porque você deu esse insight da edrone e trazer um outro…

Ed Firme: Um outro ponto que eu acho que você vai poder validar como algo positivo ou não, que é igual a gente falou, tem um banco de dados da edrone que está conectado a diversos e-commerces e o banco de dados de informação que é suprida por isso. Consequentemente, a gente tem indicadores dentro da nossa plataforma que vão sempre estar mostrando: “Olha, você está abaixo da média do seu mercado, você está acima da média do seu mercado.” Esses apontadores de novo são sempre atualizados em tempo real, com inteligência artificial trazendo esses dados, esses, esses apontadores. Você acredita que por mais que são um concatenado de informação da IA, são dados valiosos para o usuário ficar de olho? Porque eu acho que sim. O pior cego, na minha visão, é sempre aquele que não quer ver. Se você está vendo que a nível mundial as tendências de mercado são A, B e C e a pessoa opta por não… É loucura ou acreditar muito no que ela está fazendo?

Daniel Imamura: Eu colocando a loucura ali que isso de ter o dado em tempo real é valiosíssima.

Daniel Imamura: Porque quando a gente fala. O estudo do e-commerce do ano passado para o ano passado já passou seis meses e demoraram tudo isso para consolidar os dados. Para você ter acesso, o mercado de hoje já é totalmente diferente, a tendência de consumo já mudou. É igual, por exemplo, a todos os dados que a gente tinha antes da pandemia. Se você fosse usar na pandemia, meu amigo, esquece. E da mesma forma que se você pegar os dados durante o período mais forte da pandemia, hoje não serve de mais nada, porque mudou totalmente os hábitos. Então, quando você tem o indicador em tempo real falando, por exemplo, gente, no vestuário, a tendência de moda masculina agora são as roupas mais pesadas de frio. Mas eu não estou divulgando minhas campanhas, não estão divulgando esse produto. Não sei o que você entende às vezes por que a sua venda tá baixa e aí você consegue no dia seguinte já tomar uma ação e você poder reverter o cenário de queda e virar um cenário super positivo.

Daniel Imamura: Mas é porque você tem o dado em tempo real à sua disposição, então você consegue reagir muito mais rápido e aquilo quem se adapta mais rápido vai conseguir ter mais eficiência no período.

Ed Firme: Eu costumo dizer que assim é. Uma das coisas que levou o surgimento da edrone lá atrás foi exatamente entender que a inteligência artificial já existe no e-commerce há muito tempo. A Amazon se torna do tamanho que ela é exatamente porque ela começa a usar inteligência artificial para fazer o reforço de produto, para fazer. Quem compra esse compra, aquele faz upsell, faz uma comunicação de e-mail marketing. E aí entra uma outra parte curiosa que você trouxe, que é a IA. Serve para destravar, né? É um ponto que quando a gente pega alguns clientes que estão ainda em momento de maturação e ele chega, ele fala: “Cara, legal que vocês vão ter 25 modelos de automação prontas para uso, mas eu não vou conseguir ativar tudo isso.” A gente vira e fala: “Mas por que não?” “Não, porque eu não vou conseguir escrever o copy desses e-mails.”

Ed Firme: A gente explica que a nossa IA já faz isso. Então a pessoa, dar um exemplo para o pessoal de casa, você abre lá o formatador de e-mail, ele já tem um assistente de pré-header, então você escreve lá sobre o que é aquele e-mail e ele já vai te dar quatro ou cinco modelos de opções para você colocar no pré-header, que, convenhamos, quem trabalha com comunicação sabe que muitas vezes é a maior parte do problema até ali. E como é que eu vou convencer o cara a abrir o meu e-mail, né? Então, pô, já tirou, já destravou uma parte. Aí o copy do e-mail você vai lá, ajusta, tem opções de modelo de linguagem, você escreve o que você quer, igual ChatGPT. “Eu queria que o e-mail fosse assim, assim, assado”, gerar. Pô, já traz aí, tem produto recomendado que você traz lá e ele vai trazer o produto para o cliente baseado na experiência de compra dele no site, não baseado no que a ferramenta quer indicar para ele.

Ed Firme: E aí você começa a ver o processo, que é um processo que a gente sabe que demanda tempo, se tornar cada vez mais automatizado, cada vez mais redondo, cada vez mais fácil. E aí entra a pergunta: por que tem muita gente que ainda não está fazendo? E não é só com edrone, é com todas a nível comercial.

Daniel Imamura: São todas as ferramentas num geral ali que as pessoas quando colocam IA acreditam que: “Nossa, mas é uma complexidade gigante” ou até mesmo um termo copy. Copy? Mas o que é isso? Aí você vai explicar. Tipo, ela não tem a total compreensão do que esses termos significam. Dá um gelo nela de medo. Ela: “Eu acho que eu não consigo.” Mas a partir do momento que a pessoa se abre a entender um pouquinho mais que você falou: “Por que não?” Aí você explica a pessoa. Não é fácil. É uma questão dela se abrir para…

Ed Firme: O novo.

Daniel Imamura: O novo. E isso é uma coisa que eu tenho muito. Desde sempre. Eu testo tudo que é coisa que aparece na minha frente.

Daniel Imamura: Ah, mas tem o trial, eu vou lá, me cadastro e vou fazer outra. Eu vou testar para entender como que aquela ferramenta funciona. E se for boa, eu vou aderir ali à minha malinha de ferramentas e vai ser mais uma ferramenta para eu poder usar em algum momento específico. Mas tem que testar. Não tem como a pessoa falar se é bom ou ruim. Se ela não testar, igual aquela de colocar um prato de comida aqui, eu falo para você: “É bom para caramba.” Se você não provar…

Ed Firme: Como é que eu vou saber? Às vezes eu provo e aí eu falo: “Cara, você pode dizer que é bom, mas para mim não é.” E aí vou fazer um momento jabá absurdo aqui, mas exatamente por entender que muita gente precisa testar para… Porque uma coisa que você, como professor, vai, vai entender muito bem. Tem muita gente que tem a barreira da limitação igual você falou: “Ah, eu não vou saber usar, eu não vou ter braço, eu não vou conseguir.” E o que que a edrone entende fazendo isso? “Bom, vocês acham que é muito complexo? Está aqui a nossa ferramenta inteira de graça.”

Ed Firme: Não é um trial, tá gente, aí, não é? Nesse momento, não é: “Clique aqui no link aqui embaixo e comece a testar grátis.” Não é um uso gratuito. O nosso plano freemium oferece todas as funcionalidades que a nossa ferramenta tem. Com mais de 25 cenários de automação, SMS, pacote de 100 SMS gratuito todo mês é de graça. A pessoa tem 200 contatos e 200 disparos para ela fazer com auxílio da inteligência artificial em basicamente todos os processos. “Ah, e de… Mas aí não vou ter ninguém para me ajudar.” Não precisa. Porque se a gente está falando de uma ferramenta de inteligência artificial, o nosso sistema todo tem um processo de onboarding automático. Eu costumo dizer, entre algumas aspas, que vai te guiar dentro. Daí você entra aqui a plataforma, tem um vídeo te explicando sobre a plataforma e ela vai te guiar em cada um dos passos para você ativar as automações mais importantes. E por que eu estou falando de tudo isso e fazendo esse momento de jabá? Mas é exatamente para que as pessoas elas entendam que é aí, como professor, me diga se eu estou viajando muito, mas tudo vai ser difícil até você ao menos tentar.

Ed Firme: E aí para. Para sua visão, qual é a maior dificuldade no tentar das pessoas? É a possibilidade de falhar ou é a chance de que ela vai arrumar mais uma coisa para fazer?

Daniel Imamura: Eu acho que é o medo de falhar. A pessoa fala: “Ah, mas se eu começar e não conseguir”, etc. E a gente tem que entender que isso faz parte do processo. Ninguém nasceu andando, a gente caiu um monte de vezes e a gente não lembra. Mas a gente caiu um monte de vezes, tomou um capote ali, aprendeu a andar e hoje alguém tem medo de andar? Não tem. Anda naturalmente, nem pensa para isso. É igual, sei lá, dirigir, dirigir é uma coisa que a galera tem muito disso. “Ah, não, mas eu não tenho medo de dirigir, não sei o quê.” Você vai na autoescola primeira vez, o carro morre, você…

Ed Firme: Vai fazer rampa, o carro não sai.

Daniel Imamura: Aí você breca muito brusco, fica com medo de bater nos outros carros.

Ed Firme: Não faz baliza.

Daniel Imamura: Não faz baliza. Só que depois você passa, sei lá, cinco anos dirigindo. “Nossa, nem penso mais para dirigir.” Vira piloto automático. O medo desaparece. O medo só desaparece quando você vai e faz. E faz bastante que também a pessoa também ela se sentir num momento de muita pressão. “Não. Mas estão pedindo na empresa para eu testar um negócio novo ou descobrir uma solução, não sei o quê.” Ela se sente tão pressionada que ela fica paralisada. Só que para aquilo, para reduzir a pressão, você precisa aumentar o preparo. Então estuda um pouco mais, vai atrás de entender esse movimento todo. Quem está assistindo, por exemplo, esse podcast, está entendendo um pouco mais do mercado, como toda a gente vai diminuir um pouco a pressão e vai lá e testa. A partir do momento que testar, vai ver que não é um bicho de sete cabeças, não morde, não dói e vai conseguir usar tranquilamente.

Ed Firme: E aí Daniel, queria aproveitar e fazer uma pergunta para você que é uma visão minha, tá? E eu acho que nós, que somos uma geração, a geração pré-internet, eu costumo dizer que assim, provavelmente a gente foi aquela geração que ainda brincou na rua e aí aos pouquinhos a gente foi apresentado para a internet e aí deu no que deu.

Ed Firme: Mas essa, essa garotada que é muito boa no que está fazendo, ela também tem um problema muito grande, que é o de testar, exatamente porque na nossa, na nossa época, a gente não tinha outra opção. “Vamos testar o MSN, vamos testar o Orkut, vamos testar blog, vamos testar.” E aí isso formou as pessoas que somos como profissionais que somos. Essa galera que está chegando agora, eu tenho a impressão de que o testar algo novo para eles coloca eles exatamente nessa situação de não se sentir preparado exatamente porque eles não tiveram essa área da descoberta, né? Muitas coisas já. Eu vejo a minha irmã que tem 21 anos, que ela nasceu com celular na mão já. Então, para ela, o que que é uma vida sem? Não é nenhuma questão de celular e smartphone. Ela já chegou, já tinha Android, entendeu? Dito isso, é como que a gente educa esse público todo, não só o jovem, mas essas pessoas que não haviam se digitalizado ainda. Qual é o lado para a gente, de fato, deixar essas pessoas mais preparadas para que elas se sintam mais à vontade para testar as coisas?

Daniel Imamura: Sim, aqui vou trazer vários papéis que a gente pode cumprir ali para auxiliar nesse processo.

Daniel Imamura: Por exemplo, eu tenho a minha equipe, então sou um líder ali na minha equipe. Se eu não testar em primeiro lugar, a minha equipe não vai se aventurar a testar, porque eu vou testar o negócio. “Vou sugerir, vai que não é bom, vai que o Daniel não gosta”, etc. Eu tenho que mostrar que testar é bom. “Não foi bom, tá tudo certo, não tem problema nenhum.” Testando, gastando uma semana testando o negócio não funcionou? Beleza. Mas agora a gente sabe uma opção a menos para ficar de olho. Aí vai para a próxima, para a próxima. Então eu, como líder, eu preciso trazer essa cultura do teste para as pessoas que trabalham comigo, porque elas me enxergam. “Se o Daniel está testando 50 ferramentas, tem que testar no mínimo umas dez aqui.”

Ed Firme: Pra fazer valer.

Daniel Imamura: Que eu sigo a mesma linha que o meu líder tá trazendo. Também tem o lado professor, que no meu caso eu produzo conteúdo para internet. Tudo que buscando incentivar aquelas pessoas que de alguma forma me acompanham ou gostam do que eu ensino ou querem ver um pouco mais da minha rotina, etc.

Daniel Imamura: Eu vou citando as coisas que eu vou testando, o que eu estou fazendo, trazendo as motivações. Por que eu estou testando tal coisa? Por que, por exemplo, por que eu produzo conteúdo para a internet? Eu explico toda a estratégia que existe por trás da produção de conteúdo para a internet. Eu posso falar, então eu também tenho que fazer. Exato. Vou começar a fazer alguma coisa e trazer o passo a passo. E o lado professoral tem que trazer de forma mais mastigadinho para que a pessoa possa sair da estagnação e dar o primeiro passo, porque o difícil é o primeiro passo. Depois que já deu o primeiro, começa a pegar embalo, vai embora.

Ed Firme: Eu falo para todo mundo que para correr primeiro você precisa andar e para andar normalmente você precisa engatinhar. Então, com o tempo as coisas tendem a andar. Mas quem fica parado…

Daniel Imamura: Então não vai para. Para nós que já entendemos esse jogo e queremos que outras pessoas nos acompanhem, também tem esse lado é professor da gente pegar ali e educar elas.

Daniel Imamura: Então os líderes sejam um exemplo. E para quem é o professor ali? Seja, não precisa nem ser professor profissional. Gente, é só tipo meu…

Ed Firme: Seja a referência, a referência.

Daniel Imamura: Aquele é o primo que sabe formatar o computador, sabe? E o pessoal tira dúvidas de tecnologia com ele. Seja um pouquinho, um pouquinho, professor. Exato. E você vai educando as pessoas para que elas saiam desse ponto de estagnação e elas vão ter coragem para dar seus primeiros passos e ter um negócio legal em tudo isso que eu trouxe aqui. Agora que a gente tem que entender que muitas das vezes essa diquinha que a gente vai dar ali para a pessoa destravar é o que vai garantir o futuro dela. Daqui dois, três anos ela vai se continuar, vai continuar competitiva. Ela vai se destacar na empresa que ela está trabalhando, na atividade que ela faz. Então a gente pode ser um agente de mudança na vida da pessoa. A partir do momento que a gente ajuda ela a destravar. Agora, se eu sou egoísta, não falo a pessoa que se vire…

Daniel Imamura: Eu me virei, ela que se vire sozinha. Aí esse nosso egoísmo pode sim estar impedindo daquela pessoa lá na frente ter um futuro melhor.

Ed Firme: Tem uma frase que eu gosto muito, Daniel, que foi um professor que me falou na faculdade que, que eu acho que condiz muito com isso, que você está me dizendo que é: “Só existe um tesouro que quanto mais você divide, maior ele fica, que é o conhecimento.” Porque, diga-se de passagem, eu posso saber tudo o que eu sei, porque eu aprendi sozinho. Mas isso não quer dizer que as pessoas a minha volta precisam ter esse mesmo conhecimento. Se eu não dei esse conhecimento para elas, então eu sempre tento ser esse transmissor de informações. E eu costumo dizer exatamente porque eu não sou da área da didática, mas eu vim da família que minha professora, minha mãe foi minha primeira professora, mas minha mãe foi professora por mais de 35 anos. Meu avô era professor, minha avó foi secretária de ensino. Dentro da minha casa, todo mundo é dessa área e eu sempre gostei de olhar exatamente por esse lado, de olhar que assim, às vezes, o que a gente domina toda essa nossa conversa…

Ed Firme: Porque para mim é isso, o edroneCast é um âmbito de bate-papo e para mim é isso. A gente trocou ideia aqui, mas talvez alguns. Alguns trechos do que a gente passou foi aquele assobio no ouvido de alguém que: “Putz, verdade. Se eu não sabia como fazer isso agora eu vou fazer desse jeito ou eu vou olhar para essa maneira?” Você acha que com, quando? Voltando para o nosso tópico central, voltando para a Inteligência Artificial e a IA. Ela tem a possibilidade de ser esse tutor para muita gente, mas mais do que isso, você acha que a gente está falando que num curto prazo a IA vai ser um novo modelo de educação?

Daniel Imamura: Com certeza a IA já me educou a fazer a minha planilha. Ela já foi nesse momento, ela foi minha professora e constantemente ela vai me ensinando pequenas coisas. Mas obviamente que tudo isso foi porque alguém anteriormente produziu um conteúdo. A IA foi lá, consumiu esse material. Ela conseguiu me trazer isso de uma forma muito mais facilitada. A gente não pode tirar o mérito dos humanos que criam as coisas de verdade.

Daniel Imamura: Só que sim. Cada vez mais eu acredito que é possível que as ferramentas elas nos eduquem. Quando eu criei o meu agente com o meu curso lá dentro, agora ele é uma espécie de um professor que a pessoa perguntando para ele, ele vai ensinar da forma como o Daniel ensinaria, quer dizer que talvez vai ser com a mesma didática, etc. Talvez não. O papo é muito mais legal, muito mais gostoso de ter e aprender conversando. Só que aquilo você está sozinho numa realidade onde você não tem acesso a pessoas, não tem um ambiente que é favorável a você conseguir o conhecimento, mas você tem internet, um ChatGPT instalado…

Ed Firme: Já está.

Daniel Imamura: Você já está, já tem acesso a alguma coisa que pode fazer a pessoa mudar de realidade, conseguir um novo emprego, um novo conhecimento que ela está precisando para resolver os problemas da vida dela. Então sim, é importante saber que tem essa ferramenta. E acho que esse é o único disclaimer ali e que sempre tem que avaliar bem. Tem que ter um mínimo de noção se o que está sendo orientado ali vai ser o melhor para você.

Daniel Imamura: Se você entender que é o melhor, segue firme e forte e vai.

Ed Firme: Daniel, aí, agora vou colocar você em calças justas aqui. A gente começou esse episódio falando como a IA ajuda a economizar tempo. Vamos trazer o pessoal de casa alguns exemplos práticos, preferencialmente assim para a galera do e-commerce, que é quem acompanha mais a gente. O que você daria de exemplos de coisas do dia a dia de um, de um dono, de um gerente, de um estrategista que ele pode usar a IA para ir fazendo com que o dia dele seja não melhor, mas mais produtivo, porque trabalho ele vai ter pra caramba.

Daniel Imamura: Legal, há umas três semanas atrás fiz uma palestra disso aí, então dá para trazer vários exemplos aqui. Primeiro a gente falou muito de produção de conteúdo, então se você precisar criar rapidamente uma descrição de um produto, tem várias ferramentas que vão te auxiliar desde o ChatGPT. A Niara e o Gemini. Você consegue pedir para qualquer plataforma ali te ajudar a criar uma descrição de produção. Isso já é um ponto que não precisa ser braçal.

Daniel Imamura: Você escrever tudo do zero, mas não vai escrever igual eu, realmente não vai escrever igual a…

Ed Firme: Você, mas é mais fácil você ajustar ou você criar tudo.

Daniel Imamura: Exato. Esse era o ponto que ia trazer. Já pegou, então ajustar é mais rápido do que escrever do zero. Só o tempo que você vai levar para digitar tudo aquilo já vai te economizar uns 30, 40 minutos só da digitação, fora as ideias que vão surgir. Outro ponto: ideias. Às vezes a gente está com aquele bloqueio criativo. A gente não sabe qual vai ser o assunto do e-mail marketing que eu vou mandar para destravar as vendas para bater a minha meta do mês. As ferramentas de IA elas conseguem tranquilamente trazer 50, 100, 200 ideias para você escolher qual é a melhor. Você ainda pode juntar duas, três e pedir para saber fazer.

Ed Firme: Essa é uma parte que eu acho muito legal, que é a minha sincera opinião sobre principalmente disparo de comunicações. As pessoas estão. E aí, você já viveu essa época? As pessoas estão desaprendendo a fazer o teste A/B.

Ed Firme: As pessoas estão muito certeiras. Agora, escrever esse periscópio é maravilhoso. Cara, faz um teste A/B, testa dois, três diferentes, porque ferramentas que vão te ajudar a criar essas chamadas e que vão te ajudar a criar essas comunicações não faltam, então usem disso para que de fato você valide o seu conhecimento, o da IA e o quanto aquilo está de fato conversando com o cliente, porque entra de novo na parte de avaliação humana que é. Não adianta a gente achar que a gente sabe muito e que o prompt que a gente deu para a IA está perfeita, que às vezes bate lá na outra ponta e não teve conexão nenhuma. Então é sobre ajuste, recomposição, ajuste, composição.

Daniel Imamura: Os dados são os nossos melhores amigos. Eles vão comprovar se a nossa hipótese. Ela estava certeira ali e eu imaginei que isso seria legal. Disparei o e-mail, teve a taxa de abertura que eu imaginei que ia ter, além da taxa de abertura, teve o clique no link, teve a compra, etc. Então eu avaliando os dados eu vou conseguir ter uma percepção melhor.

Daniel Imamura: Inclusive a IA pode nos ajudar a avaliar esses dados. Você pode pegar os seus resultados do teste A/B e trazer ali, e se você juntar isso com aquilo, provavelmente você…

Ed Firme: Vai ter terceiro aqui, vai ser…

Daniel Imamura: Melhor, vai ser muito melhor.

Ed Firme: É isso aí. Eu acho que até um exemplo legal que dá para trazer, que é eu também dou consultoria. Eu fico muito na cabeça dos meus consultados de, de novo, algumas práticas que a gente sabe que funcionam a vida inteira e o pessoal desistiu. Falou: “Carol. Faz assim, faz um teste A/B porque a gente vai testar o calor do seu público aí.” E como assim? Eu falei: “Você vai fazer um teste A, B e C, não vai separar o feminino de masculino e a gente vai testar esse produto aqui.” Aí ele testou, falei: “Olha, olha nesse meio aqui, quanto que foi a taxa de abertura X. Agora vamos olhar quanto disso era homem, quanto era mulher desse aqui também. Agora a gente vai separar essas duas listas e a gente vai olhar.”

Ed Firme: Esse aqui performou melhor para mulher. Então, agora a gente vai seguir essa linha narrativa para estruturar, porque primeiro você faz um teste misto com públicos diferentes, depois você faz um teste segmentado para um público segmentado e aí depois você vai apurando, apurando, apurando. Então algumas estratégias que demorariam muito tempo você já faz em uma tarde você faz. Você monta, dispara até o final do dia, você já coleta dados, joga na IA você precisar para refinar as informações. No dia seguinte, você está pronto para fazer uma campanha cada vez melhor, cada vez mais acertada.

Daniel Imamura: Sim, é outro exemplo também que aí talvez os designers que estão assistindo aqui vão matar a gente. Mas tem ferramentas que você passa um prompt e ele já cria uma landing page para você. Que inclusive dá para você publicar e ela já sai funcionando.

Ed Firme: Gente, quem precisar do link e a manusear, não sei se é essa que você está usando…

Daniel Imamura: Para…

Ed Firme: Fazer, mas a Manus usa. Ela faz alguns ótimos resultados, óbvio, vai precisar de um ajuste ou outro, porque a gente está falando de uma ferramenta que ainda está dando seus passos iniciais. Mas assim, o que não falta é ferramenta para…

Daniel Imamura: Nova também cria. Enfim, tem várias ferramentas que elas já trazem ali a landing page pronta com a copy e com tudo mais, desde que você passe as informações exatas. Aí alguém vai falar: “Não, mas não está usando a fonte correta. O tom do roxo não é igual ao da nossa marca.” Beleza, vai lá, ajusta ali.

Ed Firme: É por isso que eu falo. E aí, Daniel, confirma para mim se eu tô de novo indo muito longe. A IA, ela não é… Isso é um problema para quem está olhando que a IA substitui pessoas, a IA não substitui. Você precisa de uma landing page redondinha exatamente do jeito que o seu brand book está dizendo. Cara, você não vai pedir para uma IA. Você vai pedir para um designer. Talvez o designer saiba pedir para a IA fazer, então saiba delegar também. Não adianta. “Ah, mas aí a IA não entrega do jeito que eu queria.” Mas você sabe pedir do jeito que a IA entregaria? Se você não sabe, não, né? A conta não fecha.

Daniel Imamura: Até entender também que até o processo criativo, muitas das vezes a gente ia gastar horas e horas só na imaginação e com a IA. A gente consegue transformar aquilo em algo palpável, porque a gente pode pensar: “Pô, eu acho que uma landing page ia ficar legal assim.” Aí você vai lá, pede para ela, aí vai desenhar para você e fala: “Mas faltou um negocinho aqui” ou a equipe num brainstorm dizendo: “Se colocar isso aqui, essa foto, não sei o quê, vai ficar show.” Você economizou horas de discussão, horas de tentativa e erro desenhando ali no Photoshop, sei lá, qualquer figura ou qualquer ferramenta que você…

Ed Firme: Queira, roda, testa, aí, não gostou? Volta. Hoje em dia o processo tá andando, né?

Daniel Imamura: Exato. Então você consegue ganhar tempo em várias etapas que aqui na semana a gente está economizando 30 horas de bateção de cabeça ali, tentando adivinhar as coisas e você consegue ter aquilo muito mais palpável de novo. Não quer dizer que vai ser sempre certeiro, na mosca, mas com certeza encurta o caminho para que você possa investir tempo em coisas que realmente valha a pena.

Daniel Imamura: Porque assim, principalmente a galera de marketing sabe que não é uma, não é uma rotina tranquila, tem um monte de coisa acontecendo, tudo ao mesmo tempo e quanto menor a equipe, mais coisa tem para fazer ali existir. Você tem que olhar o e-mail, o SEO, os anúncios da rede social, você tem que olhar tudo para conseguir tocar todas as ações do marketing. Então, se você pega e consegue economizar uma hora em cada lugar por dia…

Ed Firme: No final do dia…

Daniel Imamura: Você ganhou horas e horas a mais para pensar.

Ed Firme: E é exatamente. Eu acho que essa é uma. É um aspecto que eu acho muito importante sempre passar para quem está ouvindo a gente. E eu não faço juízo de valores. Mas existe o gerente de e-commerce e o gestor de um e-commerce. Quando a gente fala desse, desse nicho. O gerente, na minha visão, ele é uma pessoa operacional. Ele vai operacionalizar o e-commerce, ele vai lá ver se o despacho do produto está acontecendo. Ele vai lá no financeiro ver se a nota fiscal foi emitida.

Ed Firme: Ele vai lá no correio para ver se teve alguma devolução. Esse é o papel do gerente. Ele está gerenciando enquanto o gestor ele tem um papel de fazer a gestão. E o que é gestão? É o cuidar e ver. “Será que o meu site está rodando bem? Deixa eu fazer todos os testes.” Óbvio, eu não estou falando que um é mais braçal e o outro é mais tecnológico, mas eu acho que ambos eles têm que se conectar com a inteligência artificial de alguma maneira de conseguir ganhar tempo para gerenciar melhor as tarefas que eles têm no dia a dia. Então, tanto para o gerente conseguir fazer uma análise melhor da planilha para ver se todos os produtos que foram vendidos foram, foram enviados até para o gestor que está lá precisando fazer uma análise do tráfego do site dele e ele joga na IA para: “Tá dando certo aqui, isso aqui não tá, isso que funciona, isso aqui não funciona.” O problema ou a solução nesse caso é que essas pessoas, elas já estão amarradas no dia delas, com o tempo todo consumido e aí fica difícil para a gente falar para a pessoa: “Não pega meia horinha do seu dia.”

Ed Firme: A pessoa falou: “Mas eu não tenho meia hora do meu dia.” E aí, como você diria, Daniel, que a pessoa pode ir se adaptando a esse pensar com o segundo cérebro, sendo que ela não tem tempo para pensar, às vezes nem com o próprio? Sim.

Daniel Imamura: Acho que o primeiro ponto é achar essa janela. E como que a gente faz para achar essa janela e que já podemos delegar para alguma IA entender qual é o trabalho mais repetitivo que qualquer pessoa com dois minutos de explicação poderia fazer? Provavelmente tem uma IA que faz isso para você. Então, quando você se livrar dessa tarefa repetitiva, que tem um processo passo a passo que qualquer pessoa faria, pode ter certeza que a IA consegue te ajudar nesse processo. Então você já vai liberar esse horário para você.

Ed Firme: 15 minutos.

Daniel Imamura: 15 minutos, 15 minutos por dia. No final da semana vão dar várias horas. Então é isso que a gente tem que pensar. O que que é repetitivo, que a gente vai se livrar? Porque, por exemplo, a Niara, ela surgiu justamente para isso, que na área de SEO…

Daniel Imamura: Como toda a gente tem muita análise de concorrente, criação de pautas, coisas que são braçais, que a gente tem que escrever muita coisa para poder organizar as ideias e passar para um outro fazer. Porque o profissional de SEO é tipo técnico de futebol. Ele fala o que todo mundo tem que fazer, mas ele em si ele não mexe no código, ele não escreve o texto, ele sempre tem que passar para um redator, para um programador e assim por diante. Então a gente tem um trabalho de documentação muito grande. Só que é o que é uma análise. E depois passar isso para frente, a Niara. Ela pega e faz isso de um processo mais automatizado. Por exemplo, a pauta, como que é um processo de criação de uma pauta para um artigo de blog, por exemplo. A gente vai analisar os concorrentes, vai ver quais são os principais tópicos nas páginas que estão ranqueadas no topo que eu preciso colocar no meu conteúdo. Qual é a linha de trabalho que eles estão assumindo, se é mais explicativa, se é mais para venda, etc.

Daniel Imamura: Eu tenho que fazer todas essas análises que brincando só para fazer a pauta…

Ed Firme: Uma horinha.

Daniel Imamura: Uma horinha no mínimo, vai para fazer com bastante qualidade. Com a Niara você consegue fazer em dez minutos, porque você, a Niara, você fala qual é a palavra-chave ali que você quer ranquear. Ela já vai fazer essa consulta, vai te trazer lado a lado todos os 10 primeiros colocados da pesquisa do Google, com destaque de title, description, as heading tags e você vai selecionando: “Isso que eu quero na minha pauta. Esse eu quero, esse eu quero.” Aí já vai formando uma pauta ali no cantinho da tela para você. Você pode adicionar suas explicações, até porque tem que ter o cérebro da estratégia que você vai adotar. Aí você salva, você pega aquele link, manda para o seu redator e pronto, ele já pode pegar aquilo, ele pode escrever à mão ou, se ele…

Ed Firme: Quiser olhar também.

Daniel Imamura: Para a própria IA, ela pode ajudar no processo de criação e o redator só fazer a revisão, ajuste aqui, outro ali e pronto.

Daniel Imamura: Um processo que ia demorar, às vezes horas e horas. Em uma horinha a gente matou todo o processo. Aí, aquilo. Quanto que isso dá de eficiência para a pessoa e para a empresa também? A gente economiza muitas horas. A gente tem que lembrar que o tempo é dinheiro e está…

Ed Firme: Também no cálculo que assim é. O único recurso que não é comprável é o tempo. Então, quanto mais você ganha tempo, mais consequentemente você está ganhando todas as outras coisas. Porque sobrou tempo. Sobrou tempo para eu fazer nada? “Putz, que maravilha, cara! Coisa boa!” Vai lá assistir uma série, assistir um filme. Descansa porque no dia seguinte sua mente vai ter que estar trabalhando no pesado de novo. Ou: “Olha, eu tô sem tempo nenhum, mas no final do dia eu entreguei tudo.” “Putz, maravilha!” O que não dá é. Aí. Eu acho que é uma percepção muito realista do mundo de hoje e não dá para ir deixando para amanhã, porque para cada coisa que você vai deixando para amanhã, duas coisas amanhã, aí depois de amanhã e três depois de amanhã e quatro.

Ed Firme: E por hoje. Eu acho que como você disse, o que não faltam são ferramentas, o que as pessoas estão fazendo com essas ferramentas e é o que a gente tem que observar. Tem gente criando o efeito Wow com vídeo do V3, que para mim é tão legal quanto eu acho que é. Foi-se o tempo que a gente olhava para a internet e ficava surpreso com: “Ai que besteira, ai que bobeira!” Eu acho que não. Eu acho que assim, a essa altura tem muita gente fazendo muita coisa legal. Tem gente fazendo bobeirinha também, mas faz parte. Mas mais do que isso, é saber que atualmente é aquele ponto sem retorno. Quem não está fazendo hoje, amanhã vai estar se arrependendo de não ter feito? Com certeza, né? E aí, queria uma percepção sua, Daniel, de o que é que as pessoas devem? A gente falou muito sobre se preparar, sobre se atualizar. Mas o que elas não podem esquecer, além de claro, de que conteúdo humano é criado por humano.

Ed Firme: Mas o que mais a gente fala muito sobre tecnologia é a tecnologia. Mas qual é o lado do humano que a gente ainda não pode desapegar?

Daniel Imamura: Eu acho que tudo é com base em comportamento, relações humanas. Por mais que a gente fala de muita tecnologia, a gente sempre voltava aqui para a questão do humano. Se a gente só tiver o olho para a tecnologia e esquecer totalmente dos humanos que vão comprar, que vão ler, que vão dar risada, que o videozinho V3, etc. A gente vai se desconectar com o ponto que é o mais importante de tudo isso que a gente conversou, que são as pessoas. E se a gente colocasse só as máquinas para conversar? Onde a gente entra nisso? Aí a gente a equação não faz sentido, porque aqui, lá vou colocar as máquinas para se conversarem, compraram os produtos, etc. Mas vou comprar para quem? Porque sempre, sempre tem a pessoa por trás. Tudo isso que a gente falou aqui de criar o vídeo, criar o texto, a automação da pauta, não sei o que é para facilitar a vida de alguém.

Daniel Imamura: Sempre tem alguém, a pessoa ali. Então é esse é o ponto central de que a gente nunca pode esquecer. Cada vez mais vamos ter camadas de tecnologia, sim, mas no final do dia tudo é para ganhar tempo, qualidade de vida e, consequentemente, dinheiro também. Isso vai ajudar a gente a ter mais lucro, vai ter mais resultado para nós, para a empresa e até um ponto que a gente não falou hoje aqui. Mas falando agora do tema dinheiro, tem um comportamento que eu vejo que algumas pessoas têm e que travam elas para elas terem muito mais resultado que elas pegam isso e fala: “Não, eu só vou usar se for de graça.” A ferramenta e isso trava às vezes a pessoa de um jeito que ela não tem percepção, que às vezes vai falar: “Não, mas eu vou pagar R$ 100 nessa ferramenta. Eu acho muito caro pagar R$ 100 nessa ferramenta.” Mas faça um cálculo simples: quanto ao seu valor-hora?

Ed Firme: Eu faço essa conta.

Daniel Imamura: Assim, se você conseguir economizar X horas no mês, concorda que a ferramenta de R$ 100 mensal pagou, deu lucro, deu ROI, deu tudo que tinha que dar só por R$ 100.

Daniel Imamura: É mais barato do que um estagiário, é mais barato que um assistente, mas gera muito mais resultado. Então é importante o pessoal entender que para ter às vezes mais resultado, ela vai ter que investir numa ferramenta. Eu mesmo peguei o que me fez pagar o ChatGPT, por exemplo. Eu estava fazendo o planejamento da minha empresa e eu estava analisando vários dados, não sei o quê. Uma hora o ChatGPT travou.

Ed Firme: Ele falou: “Não tenho, não, não faço de memória exata.”

Daniel Imamura: “Não posso mais processar esses dados que você está subindo aqui da planilha.” Eu falei: “Não, eu quero continuar porque está muito bom o resultado que está vindo aqui. Eu preciso continuar.” Fui lá, passei o cartão de crédito.

Ed Firme: E é muito doido como muda, né? Porque? Porque aí entra um comparativo que eu gostaria de fazer com você exatamente que é. Entendendo que muita gente fala que eu só vou usar se for de graça. Beleza, gente! A edrone tem um plano gratuito, tem plano pago que você só vai pagar a hora que você for usar mais dos nossos recursos.

Ed Firme: Mas os nossos recursos, quando a gente diz é exatamente do nosso banco de dados. A partir do momento que você tem mais gente cadastrada e está fazendo um tráfego de envio maior, vai te custar algo antes disso. Não custa nada. Beleza, beleza. ChatGPT. Ele parece algo parecido, mas é bem diferente para nós que pagamos e a gente sabe porque. O que o ChatGPT 4.0, que já é uma baita de uma ferramenta, entrega no plano gratuito para o que ele entrega para você de análise, de busca e de conteúdo bruto na versão paga é descomunal. Óbvio. E aí entra a parte que muita gente não sabe. Cada busca que você faz no ChatGPT, você está consumindo uma piscina de água e energia elétrica para fazer esse processamento de dados. Isso tem um custo, gente. Até por isso, se não tiver esse custo, daqui a pouco a gente não ia ter mais Amazônia também, porque ia secar o mundo inteiro de gente fazendo requisição para um ChatGPT. Porém, essa é a parte que a gente dá a volta.

Ed Firme: As pessoas precisam entender que custo e investimento são coisas que estão disparidade. Mente gigante. Assim é uma coisa que te custa, é aquilo que não tem retorno. “Ah, isso custou o meu tempo.” Pronto. Quando você usa, “custou o meu tempo” é a frase para mim que é perfeita. Tempo é uma parada que não volta. É custo, é algo que não tem retorno. Agora, quando você investe o seu tempo, quer dizer que você está colocando o seu recurso mais precioso em algo que vai te dar retorno? Para mim é a mesma coisa para qualquer cifra monetária. Se custou tanto, não teve retorno. Se eu investi tanto é porque eu posso buscar algum retorno. E aí até para a gente caminhar um pouco para o final. Daniel, eu queria te fazer uma pergunta que é de nível de curiosidade também, quando a gente fala sobre inteligência artificial muito voltada para a criação de conteúdo, porque voltou às luzes recentemente o tópico de que estamos, se não já muito próximo, de viver naquela era da internet mortal na dark web, onde o conteúdo já se é auto, autoconsumido e autorreplicado por inteligência artificial.

Ed Firme: Como que você vê isso hoje? É algo que a gente pode olhar, que parece um pouco de verdade ou eu ainda. Ainda é muito, muito papinho da internet.

Daniel Imamura: Existe sim os buracos que isso já acontece, principalmente se você pegar muitas comunidades no Facebook e algumas coisas assim. Os robozinhos ficam ali conversando entre si como se fossem pessoas, mas a gente sabe que não são. Então, em alguns lugares isso realmente existe. É a internet morta, são robôs conversando com robôs e ninguém nunca nem está olhando para nada. É um monte de criação de novos conteúdos que ninguém nunca vai ler. Só que as ferramentas de busca e enfim, no geral, acho que acho que é o melhor exemplo para isso aqui. Elas já se ligaram nisso, que inclusive foi uma grande virada de chave do próprio Google e o Google. Ele percebeu num certo momento ali que deu o boom do ChatGPT que a galera pegou, plugou o ChatGPT tipo no WordPress e 1000 conteúdos por dia ali e tal e aquilo. De repente, num grande volume, com muitas palavras-chave, novas páginas, sei o quê, o site começou a ter um ranqueamento melhor.

Daniel Imamura: Só que quando você parava para analisar a qualidade desses conteúdos, você fala: “Muito conteúdo genérico? Não tem. Não tem nada ali que mostra…”

Ed Firme: Estruturalmente ele era bom, mas humanamente…

Daniel Imamura: Não era legal. Ele não trazia a expertise de ninguém, autoridade de nada. Era só um texto que explicava algo ok, com base em outros textos que já existiam na internet como um todo. E foi aí, por exemplo, que o Google pegou e ajustou o seu algoritmo para valorizar ainda mais essa camada onde a gente consegue trazer o fator humano, que é aquele negócio. Eu posso explicar sobre alguma coisa relacionada à saúde, só que é muito melhor se isso for explicado com o respaldo de um médico. Então, a partir do momento que eu tenho um conteúdo que…

Ed Firme: É…

Daniel Imamura: Um médico e um médico que assinou, trouxe ele exemplos, cases de sucesso e tudo mais. Opa, aqui o Google vai ter mais confiança, o texto passa mais autoridade e ele vai ter um ranqueamento melhor. Então a gente percebe que já existe um movimento para que a gente não chegue nesse ponto da internet morta e sem ter só um monte de conteúdo que é relevante daqui, sei lá, três anos e meio.

Daniel Imamura: Não adianta mais pesquisar na internet porque os conteúdos são todos horríveis. A ideia é que não chegue nesse ponto. As ferramentas já estão trabalhando para isso e cabe a nós também entender que não adianta ficar só copiando e colando o texto genérico lá no seu site ou na sua rede social, etc, que não vai, não vai funcionar, não vai performar. E aquilo não é uma culpa da IA, é a culpa de quem tá usando a IA.

Ed Firme: E eu acho que assim tem. Usar a IA para te ajudar a ganhar tempo e usar. Você é preguiçoso? Exato. E aí é uma linha tênue. É uma faca de dois gumes, porque igual a gente falou para nós que usamos, chega um momento que vira meio automático, então você já sabe para optar. Você já sabe que você ajustou bem a IA. Então ela vai te dar um resultado próximo. Só que assim é uma coisa que eu pelo menos estabeleci como padrão para mim e eu não passo nada sem antes eu ler duas vezes. E eu leio uma vez assim que ele me devolve.

Ed Firme: Aí eu dou dez minutos, vou fazer outra coisa, volto lá e leio de novo, com a mente um pouco mais, mais limpa, mais limpa. E aí? Isso aí é uma coisa que, que eu vi muito acontecendo no começo. Assim, algumas palavras que não existiam no vocabulário médio da internet que surgiram, que nitidamente eu batia o olho e falava: “Esse texto foi escrito por IA” porque ninguém usava, por exemplo, game changer, essa frase game changer ou tô tentando lembrar alguma outra frase que, que a gente característica de IA, que aí eu comecei a olhar e falei: “Putz, isso aqui é de IA. Isso aqui é de IA”, porque a gente vai se acostumando, vai, vai saber isso aqui e aqui fala muito. Isso aqui já faz bastante. Hoje em dia eu já vi que mudou e para, para nível de conhecimento do pessoal de casa. Tem alguma coisa que você que já está acostumado a bater o olho e fala assim: “Tudo isso aqui é coisa de IA”, para as pessoas terem menos preguiça e olharem com mais atenção, porque igual a gente está falando aqui, tanto para o cara que já está acostumado, põe o casaco da inteligência artificial todo dia e vai para a luta.

Ed Firme: Mas para muita gente que está começando e às vezes aquele primeiro, o segundo resultado ainda não é um resultado muito afinado. Então, o que a pessoa pode procurar de erro na IA para que ela consiga encontrar cada vez resultados melhores?

Daniel Imamura: Eu acho que assim, o que é certo e errado, a gente tem que sempre ter um ponto de partida. Então é aquilo, se você ou a sua marca, ela não usa essas palavras, não usa emoji na descrição, não sei o quê. Isso vai ser um erro já. Então tem que entender que se você pedir: “Crie um texto para por na minha legenda do Instagram de um post que eu vou fazer sobre isso.” Vai vir um monte de emojis, não sei o quê. “Eu não. Não costumo usar esse monte de emojis a cada parágrafo. Um emoji para começar, para terminar.” Ou seja, para mim isso já seria um erro de como a minha marca pessoal comunica, então eu tenho que pegar e tirar então esses emojis, por exemplo, porque isso vai ser um erro de comunicação.

Daniel Imamura: Então, qual é o grande pulo do gato? É saber como que a sua marca ou você, enfim, se comunica e ter esse manualzinho de como que é o seu tom de voz.

Ed Firme: E o famoso linha editorial que a gente falava. Você tem que ter uma linha de comunicação. Sim, fugiu disso.

Daniel Imamura: É uma ferramenta bem legal. Acho que dá para recomendar para a galera que tem o NotebookLM do Google. Você consegue subir lá vários arquivos e um dos arquivos que você pode subir, por exemplo, é o seu manual de marca, seu tom de voz, etc. E lá normalmente a gente coloca palavras que nós recomendamos a utilização e palavras que nós nunca devemos utilizar. A partir do momento que você tem essa recomendação, não arquivinho lá dentro do NotebookLM. Você pode pegar um texto que alguém produziu, ou seja, a pessoa copia, cola esse texto lá e pede. “Você pode avaliar se esse texto ele está condizente com o meu tom de voz” e ele vai já sinalizar que essa palavra não é recomendada.

Daniel Imamura: Essa outra que pode ser adaptada para tal. Outra palavra para ficar mais próximo do seu tom de voz. E aí um texto que talvez estaria com vários erros na comunicação, porque a IA criou de forma genérica, vai estar muito mais adaptado ao seu tom de voz. E aí você minimiza erros que, por exemplo, isso era um problema que nós tínhamos como agência, porque muitas das vezes o redator esquecia que não devia usar essa palavra aqui porque ele não consultou na hora que estava escrevendo o texto ali, o manual do tom de voz e tudo mais, e acabava passando. O cliente lia o texto, falava: “Isso aqui não pode.”

Ed Firme: Usar, está escrito na minha marca que não pode usar porque o cara nunca vai esquecer, né?

Daniel Imamura: Exato. E aí voltava o texto e tinha que ajustar tal. E tinha esse pequeno atrito ali, esse ruído que não era para usar. A gente usou e o cliente ficava chateado. Agora não tem mais esse problema, porque antes da gente enviar o texto para o cliente, a gente consegue validar com uma IA que valida em um segundo.

Daniel Imamura: Ali se tem alguma palavra que não deveria ser utilizada, então este problema eu já eliminei. Eliminando esse problema eu aprovo mais rápido, ganho tempo da minha equipe, não tem retrabalho e fica tudo mais eficiente.

Ed Firme: Isso aí é uma frase que eu uso no meu dia a dia para os meus amigos que estão ouvindo. Vão saber que é verdade. Mas eu sigo atualmente uma filosofia que é: “Menos ruído, mais impacto.” Quanto mais você puder diminuir os, os… Não vou nem dizer problemas, mas os desafios que você tem todo dia é conseguir entregar mais e mais impacto naquilo que você realmente está dispondo. Sua energia melhor vai ser tudo que você faz, com certeza, não é Daniel? Para a gente seguir para o final, vou te entregar um presentinho nosso aqui. Olha só o kit de visitante daqui e dentro desse kit já aproveito para fazer um convite para você. Vai estar no Fórum eCommerce desse ano. Opa! Então aí dentro tem um brinde que é um brinde especial, que é mais uma exclusividade que a edrone tem no Brasil, que é a primeira…

Ed Firme: Pode mostrar que é a primeira cerveja do e-commerce brasileiro. A nossa fórmula é uma fórmula adaptada para o Brasil, igual a nossa inteligência artificial, porque o nosso mestre cervejeiro é o nosso CEO. E lá na Polônia, que é de onde a empresa vem, lá é uma APA. E aí, quando a empresa vem para o Brasil, a gente desenvolve a fórmula de uma pilsen, que é o gosto brasileiro. E aí o convite que eu faço para todo mundo é: “Vamos lá visitar o nosso estande.” Daniel está super convidado para ir visitar o nosso estande nos três dias do fórum, porque a gente vai ter no nosso happy hour a primeira cerveja do e-commerce brasileiro. Show! Então já fica o convite feito para você e Daniel. Esse momento agora eu deixo aberto para ti você deixar o recado pro pessoal de casa, convidar o pessoal para te seguir, para te acompanhar e para, claro, continuar acompanhando papos como esse que a gente teve hoje.

Daniel Imamura: Sim, então a galera que quiser acompanhar um pouquinho mais do meu trabalho pode procurar em qualquer rede social.

Daniel Imamura: Daniel Imamura. Aí você vai ver como que é o mundo de agências. Você vai aprender muito mais sobre SEO, que são as coisas que eu mais compartilho ali no meu dia a dia. Tem o canal no YouTube, Podcast, vai lá que com certeza vai ter um formato de conteúdo que você vai gostar e você vai aprender bastante lá comigo.

Ed Firme: Maravilha Daniel, como eu disse, um prazer receber você, pessoal de casa mais uma vez. Para quem ficou até o final, não esquece de deixar aquele like, fazer um comentário com dúvidas para mim ou para o Daniel que a gente vai fazer questão de tentar responder todas e a gente se vê no próximo episódio. Até mais, tchau, tchau. Certinho. Boa. Valeu, Daniel! Bom, bom, bom, gente!

Sobre o apresentador

Edvaldo Firme

Edvaldo Firme

Apaixonado por marketing digital há mais de 12 anos! Especializado em SEO e copywriting, ajudo empresas a melhorar sua visibilidade online e gerar conversões.

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